A deputada estadual Luana Ribeiro (PDT), aderiu a campanha do Conselho Federal de Administração (CFA), contra o fim dos boletos sem registros. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições financeiras passarão a cobrar não apenas pela emissão do boleto, mas também outras taxas, como a alteração ou o cancelamento dos boletos gerados.

Os boletos não registrados ficarão restritos aos bancos que aceitem seu pagamento, mediante negociação com o emissor. A política de cobrança dos serviços ficará a critério de cada instituição financeira. Luana teme que as opções fiquem bastante restritas e o consumidor e empresários fiquem penalizados e reféns da situação.

Levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da revista E-Commerce Brasil, apontam que 75% dos consumidores preferem efetuar pagamentos via boletos.

A expectativa é que os custos com boletos devem variar de R$ 5 até R$20, dependendo do banco.

“Claro que sempre vão jogar a conta para o consumidor e para os empresários pagarem. Veja que 100% do comércio eletrônico trabalha com boletos sem registros. A estimativa só de prejuízo por ano, para empresas e consumidores que emitem o boleto e estes não são pagos é de 36 bilhões, se o custo for de R$ 20 por documento”, comentou Luana.

A deputada falou ainda que o principal objetivo não é facilitar, melhorar ou proteger o cidadão, mas sim aumentar escandalosamente o lucro dos banqueiros. “Eles estão usando do argumento que a mudança seria para estancar as fraudes e que os boletos vencidos possam ser pagos em qualquer banco. Sendo que esse argumento não é plausível. Evitar fraudes e permitir pagamentos é uma obrigação deles”, disse a parlamentar.

No levantamento feito pelo Conselho Federal de Administração, o lucro dos bancos deve, só com essa modalidade de cobrança, chegar a R$ 72 bilhões por ano, com a estimativa de emissão de 3,6 bilhões de boletos registrados, ao custo de R$ 20.

Comentários do Facebook
Artigo anteriorMPE denuncia suspeitos de assalto a fazendas em Araguaína
Próximo artigoDivisa do Tocantins com a Bahia será discutida em audiência pública