A eleição municipal de 2012 ainda rende em Curionópolis, e nesta quinta-feira, 27, houve uma audiência de instrução e julgamento em um processo em que a coligação “Unidos pela democracia e liberdade” (PPS / DEM / PSB / PSDB / PSD), derrotada nas urnas e encabeçada por Adonei Souza Aguiar (DEM) e Manoel Zacarias (PSB) move contra o prefeito reeleito Wenderson Chamon (PMDB).

Durante a audiência, presidida pelo juiz eleitoral Danilo Alves Fernandes, da 58ª Zona Eleitoral, a testemunha Rosana Borges dos Santos, residente na Vila Alto Bonito, na Zona Rural de Curionópolis, recebeu voz de prisão acusada de cometer crime de falso testemunho. É que durante seu depoimento, de aproximadamente uma hora, a testemunha teria se confundido várias vezes e entrado em contradição em relação aos horários, datas e nomes, chegando a não mais dar conta de responder as perguntas formuladas pelo juiz em relação à denúncia. A testemunha foi enquadrada no artigo 342 do Código Penal e encaminhada à delegacia de Polícia Civil onde prestou novo depoimento e, após o pagamento de uma fiança arbitrada em um salário mínimo foi liberada para responder o processo em liberdade.

Wenderson Chamon venceu as eleições municipais com 7.717 votos (61,46% dos votos válidos). Magno da Cooperalt foi o vereador mais votado ao obter 692 votos (5,33% dos votos válidos).

Entenda

Rosana Borges dos Santos teria informado à Coligação Majoritária encabeçada por Adonei Aguiar que, pouco antes do pleito eleitoral de 2012 teria sido procurada em sua residência pelo então candidato a vereador Magno da Cooperalt e que este teria lhe oferecido um emprego em uma escola municipal. Segundo Rosana, para obter o emprego oferecido, bastava que ela declinasse seu voto a ele para o cargo de vereador e para o prefeito Wenderson Chamon, apoiado por ele. A Coligação entrou com um ação de investigação judicial eleitoral (Autos 27990.2012.614.0058) por capitação ilícita de votos e solicitando a cassação do registro do candidato Wenderson Chamon e ainda que fosse declarada sua inelegibilidade.

 O juiz eleitoral ainda não havia decidido se dará ou não sequência à Ação de Investigação Judicial Eleitoral, todavia, em virtude do falso testemunho, ela deve ser arquivada.

 Procurado para comentar o ocorrido durante a audiência e a ação movida contra si o prefeito Chamon preferiu não comentar o fato por questões de ética do cargo, já que o processo ainda tramita na Zona Eleitoral.

(blog ze dudu)

Comentários do Facebook
Artigo anteriorNOTA – Assembléia de 29 de março é ADIADA
Próximo artigoSeduc oferece 925 vagas para alfabetizadores e interpretes de Libras