Estação de ônibus lotada em Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Prefeitura de Palmas decretou que os ônibus do transporte coletivo de Palmas vão circular de graça até a próxima segunda-feira (6). De acordo com a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), o objetivo é minimizar os danos aos usuários que não conseguem recarregar os cartões, já que os guichês estão fechados durante a migração do sistema. Em algumas estações de ônibus a TV Anhanguera registrou ônibus ainda superlotados e reclamações dos passageiros.

O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município. Veja aqui.

A prefeitura afirma que assumiu totalmente a operação do sistema de transporte nesta quarta-feira (1º) e que até o momento foram empossados mais de 100 motoristas. “Vale lembrar que priorizamos a preservação do emprego dos pais de famílias que já estavam trabalhando no sistema e temos margem para contratar novos motoristas que atendem aos critérios dessa função”, disse Cinthia.

O decreto publicado pelo município diz que o período de gratuidade do serviço pode ser revisto de acordo com a a migração do sistema de bilhetagem eletrônica.

Entenda

As estações de ônibus ficaram lotadas e os usuários, que esperaram durante horas por um transporte coletivo desde a última segunda-feira (30), em Palmas. Alguns relataram que ficaram por cerca de três horas até embarcar em um veículo.

Isso aconteceu depois que as empresas responsáveis pelo serviço encerraram os serviços dois dias antes da data prevista em requisição administrativa feita pela Prefeitura de Palmas.

Segundo a Prefeitura, as empresas foram notificadas sobre a data da vigência dos contratos na quinta-feira (26), para que continuassem operando até esta terça-feira (31). No dia 1º de fevereiro, na quarta-feira, os profissionais seguiriam no serviço como contratados. Mas os prestadores determinaram o fim da atuação no domingo (29) e a prefeitura teve dificuldade na transição dos contratos.

“Durante esses meses anteriores a gente circulou formulários de opção, para que esses trabalhadores pudessem manifestar a vontade de migração. Vários deles quiseram. Abrimos um processo administrativo de contratação temporária, seguindo todos requisitos legais. Publicou-se os contratos na sexta-feira, no Diário oficial do Município, abrimos um plantão de posse no sábado. Acontece que nós tivemos uma adesão muito baixa desses profissionais, sobretudo motoristas. Nem 30% se apresentaram para tomar posse. Isso fez com que nós tivéssemos uma defasagem de motoristas”, explicou o presidente da (ATCP) ainda na segunda-feira.

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Operadores de Máquinas do Estado do Tocantins (Simtromet) José Antônio de Carvalho, explicou que uma das empresas quis finalizar o serviço antes do prazo estipulado no ofício informado aos profissionais.

“A prefeitura notificou as empresas para que fosse tocado normal a operação do transporte até o dia 30. Não teve essa comunicação, eu conversei com o pessoal da prefeitura falando que não ia ter condição deles rodarem hoje, porque o pessoal estava desinformado, eles pediram mais esses dois dias. Mas na verdade esse ofício já era para o dia 31”, disse.

José Antônio também explicou que os trabalhadores foram comunicados sobre as datas por mensagem de aplicativo, e que os que tivessem interesse em aderir à migração para a contratação da Prefeitura que fossem até o local indicado para a nomeação. “Creio que mais de 80% não aderiu ao sistema público”, completou o presidente do Simtromet.

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