A campanha de Ataídes Oliveira (Pros) ao Senado é a única do Tocantins que dispensou a utilização do Fundo Eleitoral e está sendo bancada com doações e  recursos próprios do candidato, que é um dos maiores empresários do estado e gera milhares de empregos.
Na contramão de Ataídes, seus adversários no Pleito, Dorinha Seabra, Kátia Abreu e Carlos Amastha somados, já receberam juntos quase R$ 10 milhões.
Ataídes explicou que dispensou o uso do Fundão Eleitoral porque entende que, ao propor uma nova forma de fazer política, ele precisa dar primeiramente o exemplo. “Esses recursos nada mais são do que dinheiro público, e eu acredito que podemos fazer campanha de outra forma, seja por meio de doações de pessoas que acreditam no nosso projeto, como também com recursos próprios. Não concordo com o uso desse dinheiro para campanha eleitoral. Essa verba, que é do povo, devia estar sendo utilizada em benefício real das pessoas. Espero que, ao menos, a aplicação seja bem fiscalizada”, explicou.
No Senado, Ataídes votou contra criação do Fundão
Em 2017, durante a discussão sobre a verba aprovada para as eleições de 2018, o então senador Ataídes Oliveira, foi um dos poucos parlamentares contrários ao projeto. Na época, em discurso na Tribuna do Senado, Ataídes criticou duramente o uso dessa verba para fins políticos. “O Congresso Nacional aprovou uma armadilha colocada nas costas do povo brasileiro. Eu não tenho dúvida nenhuma que o povo brasileiro que vai pagar é muitíssimo caro”, afirmou reforçando que votou contra por não concordar em tomar o dinheiro do povo para fazer eleições bilionárias ou até mesmo compra de voto, além de dificultar ainda mais a renovação política.
Ano passado, após a aprovação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), Ataídes voltou a se posicionar contrário ao uso desse dinheiro. “Infelizmente, quem perde com isso é a população. Estão tirando verbas que poderiam ir para a educação, para a saúde e outros serviços essenciais, com consequências gravíssimas para todo o país, e usando o dinheiro do contribuinte para pagar propaganda de político. O povo precisa de dinheiro para se alimentar, para conseguir sobreviver em meio a tantos aumentos. Não existe verba pública sobrando para financiar campanha política. O Fundo Partidário é uma vergonha. Precisamos acabar com essa política de corrupção”, afirmou.
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