Reprodução: TV Anhanguera
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O pequeno Gabriel, de apenas três anos, nasceu com hidrocefalia e sofre com o envelhecimento precoce. O menino precisa fazer um tratamento, mas a família que vive em Araguaína, não tem condições de comprar o remédio. Por isso, a Justiça determinou que o Estado forneça o medicamento. Mas há quase seis meses a criança está sem tomá-lo porque o Governo deixou de fazer a entrega.

O remédio utilizado por Gabriel é o acetato de leuprolida, que custa R$ 750. O menino precisa de uma dose mensal do medicamento.

As vacinas dele são pelo Estado. Não temos condições para comprar, não temos acesso. Ele precisa toma-las porque a expectativa de vida dele é de 5 anos. Sem a medicação é como se ele tivesse 50 ou 60 anos de idade“, explica o pai de Gabriel, o lavrador Deroci Pereira Lima.

Gabriel também não enxerga e se movimenta com dificuldade. Ele até ganhou uma cadeira de rodas, o que facilitou a vida do pai, pois o homem precisava carregar o menino que já está bem acima do peso e da estatura de uma criança de três anos de idade.

O rostinho dele está ficando adulto. Já apareceram muitos pelos nas axilas. Ele está envelhecendo cedo demais”, lamenta o pai.

Na Justiça

O Ministério Público Estadual acompanha o caso desde 2013. No ano passado, a Justiça acatou o pedido da Promotoria e determinou ao Estado que fornecesse todo o medicamento e o tratamento necessário para a recuperação do menino. A multa estabelecida em caso de descumprimento por parte do Governo é de R$10 mil por dia.

Tratamento

A endocrinologista Ana Lúcia Amaral explica o efeito do medicamento no tratamento da criança.

“Quando há o diagnóstico de uma criança com puberdade precoce é necessário fazer um bloqueio. Se não bloquear, essa puberdade vai evoluir inexoravelmente. Há um aceleramento da idade óssea e consequentemente há um fechamento precoce das cartilagens de crescimento. Essas crianças não vão crescer o quanto deveriam e poderiam ter crescido no seu potencial genético, além de terem uma série de complicações.”

O governo do Estado não soube informar quando retornará entrega do medicamento para a família.(Com informações da TV Anhanguera)

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