Deputado Irajá Abreu (PSD) e senadora Kátia Abreu (PMDB)
Deputado Irajá Abreu (PSD) e senadora Kátia Abreu (PMDB)
Deputado Irajá Abreu (PSD) e senadora Kátia Abreu (PMDB)

O grupo político da senadora Kátia Abreu (PMDB) sofreu mais uma derrota ao ter arquivada, por falta de provas, uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE), movida pelo presidente regional do PSD, deputado Irajá Abreu (filho da senadora), contra o ex-secretário de Relações Institucionais do Tocantins Eduardo Siqueira Campos (PSB). O deputado acusava Eduardo Siqueira estaria induzindo prefeitos do interior, para que migrassem para a base do governo.Contudo, após ouvir o ex-secretário e o prefeito de Chapada de Natividade, Djalma Carneiro (PSD), citado na representação, o MPE concluiu que não houve pratica de abuso de poder político.

A representação de número 1.36.000.001024/2013-09, protocolada em outubro de ano passado, quando ocorreu uma movimentação partidária no Tocantins, assim como em todo o Brasil, em razão da criação de dois partidos políticos, o SDD e o Pros. Neste mesmo período, o PSD deixou a base de sustentação do Governo Siqueira Campos e alguns prefeitos deixaram o partido para se filiarem no SDD (partido governista). Na ocasião, o deputado Irajá Abreu sustentou a tese de que os prefeitos estariam sendo chantageados pelo então secretário Eduardo Siqueira, apresentando o caso do prefeito Djalma, que permaneceu no partido, como prova da suposta denúncia.

Atendendo a representação, o MPE abriu um procedimento preparatório para colher evidencia da denuncia. A partir do depoimento do prefeito Djalma, foi constatado que Eduardo Siqueira Campos em conversa teria “convidado” o prefeito a se filiar no recém-criado Solidariedade, para continuar compondo a base do governo. Porém, prefeito garantiu que o secretário se comprometeu em levar programas do governo estadual ao seu município (Chapada de Natividade), independente de eventual mudança de partido.

Em sua declaração, Eduardo Siqueira lembrou que os prefeitos foram eleitos na base governista e, por isso, muitos gestores utilizaram-se da brecha judiciária, que permite a políticos com mandatos buscarem partidos recém-criados, para “permanecer” na base. O ex-secretário negou a acusação do deputado Irajá Abreu e lembrou que nenhum prefeito, que mudou de partido naquele período, filiou-se ao PTB, partido que Eduardo está filiado, nem ao PSDB, partido que faz parte o governador Siqueira Campos.

Após os depoimentos, o MPE decidiu pelo arquivamento do procedimento, tendo em vista que “os fatos narrados configuram movimentação política que não se reveste de abuso de poder político”.

Mudança partidária

Neste mesmo período (outubro de 2013) a senadora Kátia Abreu, até então aliada do governador Siqueira Campos, deixou o PSD para se filiar ao PMDB – partido de oposição ao governo, deixando o seu filho, o deputado Irajá, como presidente regional da legenda. Após a sua saída, o primeiro passo do deputado foi levar o partido para a oposição. Contudo, Kátia (eleita senadora em 2006) e seu filho Irajá (eleito em 2010), disputaram a eleição em outro partido, o Democratas, sendo que ambos deixaram a agremiação em 2011, para aderirem ao recém-criado PSD.

(Tocantins News)

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