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Deflagrada em todo o país, no dia 1º de março, a Operação Átria no Tocantins já contabiliza 21 prisões realizadas, sendo 16 em flagrante delito, bem como a instauração de 79 inquéritos policiais e o registro de 118 boletins de ocorrência. Quanto às ações educativas, desde o início da Operação já foram realizadas 26 palestras, abrangendo mais de 2,1 mil pessoas, em sua maioria estudantes. O balanço parcial contempla as ações realizadas neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, escolhido para ser o Dia D da Operação.

A Operação Átria segue até o dia 29 de março, com ações que visam a repressão e o combate à violência contra a mulher, mas além da esfera punitiva, a atuação da Átria acontece em outras duas frentes: de inteligência, para a vinculação de ocorrências e comunicação entre os estados a respeito de alvos de mandado de prisão, e educativa, com palestras e cursos que visam a prevenção a novos crimes.

Os principais crimes apurados no âmbito da operação são feminicídio (tentado ou consumado), lesão corporal, descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça, difamação, estupro, sequestro e cárcere privado e perseguição (stalking).

“O objetivo não é só punir o autores de crimes no âmbito de violência doméstica e familiar, mas principalmente conscientizar as futuras gerações quanto à legislação e a importância de combater esses tipos de crimes”, destaca a coordenadora de Mulheres e Vulneráveis e delegada de Polícia do Interior, Ana Carolina Braga.

Até o momento foram realizadas ações educativas nas cidades de Palmas, Gurupi, Araguaína, Paraíso do Tocantins, Santa Tereza do Tocantins, Aragominas, Augustinópolis, Palmeiras do Tocantins, Tocantínia, Arraias, Conceição do Tocantins, Dianópolis e Porto Nacional.

Coordenação e resultados

A Operação Átria é coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp), com apoio do Ministério das Mulheres e do Colégio de Coordenadores da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário Brasileiro (Cocevid) e articulada com as secretarias estaduais de segurança, a ação é realizada pelas Polícias Civis e Polícias Militares dos 26 estados e do Distrito Federal – em algumas federações, conjuntamente com os Corpos de Bombeiros Militares, Conselhos Tutelares e outros órgãos parceiros .

Conforme dados do Ministério da Justiça, de 1º a 7 de março, já foram realizadas diligências em 186 municípios, totalizando 183 prisões e uma apreensão de menor infrator. O número de vítimas atendidas, até o momento, é de 2.846, e o de medidas protetivas solicitadas, de 1.250.

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