O transporte público de Palmas ainda não passou por muitas mudanças desde que o município criou uma autarquia pública para cuidar do serviço. A prefeitura assumiu o sistema no dia 1º de dezembro, mas as reclamações dos usuários continuam.
A Jaquerlane Martins mora na região norte e utiliza o coletivo para ir ao trabalho. São dois ônibus todos os dias e para não chegar atrasada, se vê obrigada a sair bem mais cedo de casa.
“Coletivos vêm muito lotados, principalmente os circulares [sic] porque rodam praticamente as quadras inteiras e quando chegam a determinados pontos não param. Isso eu acho um descaso com a população”, reclamou a pedagoga.
A reclamação não se limita às estações e se estende para dentro dos bairros. Nos fins de semana a situação é ainda pior. “Quando chega a parada para vir ao trabalho não tem ônibus. Você fica esperando, principalmente no sábado. Fim de semana é muito ruim”, disse a Tatiane Pereira Cruz.
Os problemas nas estações e a falta de cobertura em pontos de ônibus nas quadras também continuam.
Para assumir o serviço a Prefeitura de Palmas criou a Agência de Transporte Coletivo de Palmas vinculada à Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana. A autarquia ficou responsável por toda operação do sistema e infraestrutura, como frota de ônibus, terminais, pontos de embarque e desembarque e equipamentos de controle da bilhetagem.
O superintendente de gestão e finanças da Agência, Odenilson do Santos, disse que o município ainda está analisando a situação do serviço.
Segundo ele, existe um processo para a construção de 400 novos pontos de ônibus pela cidade. “Esse processo está bem avançado, está na Mobilidade, e vão ser construídos estes novos abrigos em um novo modelo que vai sanar essa questão da cobertura. Paralelo a isso existe um processo para revitalização das estações de ônibus e desses pontos que existem entre as estações”, disse.
Sobre os horários ele afirmou que, por enquanto, a prefeitura pretende manter os que já existem, mas estuda a possibilidade de colocar mais ônibus para rodar. A tarifa deve permanecer nos atuais RS 3,85.