Foto: Comunidade-LGBTQIA

Levantamento feito pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), que representa o Movimento Empresa Júnior (MEJ) em todo o país, revela que 20% dos empresários juniores se autodeclaram parte do grupo LGBTQIA+, e, entre as lideranças, essa porcentagem aumenta para 22%. Esses números contrastam com a realidade do mercado corporativo do país, que ainda engatinha no quesito diversidade de gêneros. Dados da Gestão Kairós, especializada em sustentabilidade e diversidade, revelam que, em nível de gerência ou acima nas grandes empresas, apenas 1,21% e 0,08%, respectivamente, contam com pessoas LBTQIA+.

A diversidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho, apesar de alguns avanços nos últimos anos, ainda é tratada como tabu em muitas empresas. Principalmente quando se fala em liderança e cargos executivos. De acordo com estudos feitos pelo Center for Talent Innovation, no Brasil, apenas metade dos funcionários LGBTQIA+ se sentem confortáveis para assumir a sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. Além disso, esses dados também revelam a relutância der diversas empresas em relação à contratação ou efetivação de membros da comunidade LGBTQIA+, independentemente da área de atuação e de suas qualificações.

O Movimento Empresa Júnior tem consciência que ainda tem muito a evoluir, pois somos um recorte da sociedade. Porém, olhar para nossos defeitos e nos comprometermos a agir nos mantém em evolução constante. É assim que criamos pouco a pouco um espaço seguro para o Movimento Empresa Júnior mais diverso. O MEJ abriu as portas para uma presidente mulher, negra e LGBTQIA+, assim como para várias outras lideranças. Fazemos questão de abrir as portas para os que virão em seguida. O mercado que nos acompanhe – diz Fernanda Amorim, Presidente Executiva da Brasil Júnior.

Outro dado da mesma pesquisa realizada Brasil Júnior aponta que 0,39% dos empresários juniores se identificam como não-binários, ou seja, pessoas que não se identificam completa ou parcialmente como homem ou mulher. As mulheres transgêneros representam 0,19% dos empresários neste segmento, e os homens trans, 0,13%, o que reflete que ainda há um longo caminho pela frente.

Além de ter a diversidade e as cores do Brasil como um dos pilares principais do Encontro Nacional de Empresas Juniores em sua edição de 2021, a Brasil Júnior vem, durante o mês do Orgulho LGBTQIA+,, reforçando a necessidade de discussão sobre a temática e promovendo uma série de conteúdos em seu Instagram (@bjnoinsta) e no seu podcast bit.ly/BjCast.

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