Prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro

Palmas registrou 28% menos casos novos de Covid-19 entre os dias 14 a 20 de março (11ª semana epidemiológica – SE) em relação à semana anterior. Houve 1.520 casos de Covid-19 na 11ª SE, 591 casos a menos que 10ª SE (2.111).

Os números refletem a queda da taxa de contágio, que reduziu de 1,62 (10ª SE) para 1,16 na 11ª SE.  A taxa é o indicador que mostra a proporção de transmissões possíveis para cada novo caso da doença na Capital. Em números absolutos, cada grupo de cem novos casos de Covid-19 na Capital passou a transmitir o vírus a 116 pessoas e não mais a 162 pessoas, como na semana anterior (a 10ª SE compreende o período entre 07 a 13 de março de 2021).

A redução é importante, mas não torna o indicador satisfatório, explica o presidente do Centro de Operações de Emergências em Saúde (COE Palmas), Daniel Borini. A pandemia só estará controlada com a taxa de contágio abaixo de 1,0, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Nossa avaliação é de que o isolamento social, estimulado pelas medidas restritivas vigentes desde o dia 06 de março, vêm surtindo efeito. O que não significa que saímos do alerta. O cenário não melhorou. Este indicador nos mostra que a pandemia não manteve a mesma aceleração das semanas anteriores. Nossas unidades e os hospitais continuam sob pressão”, analisa Borini. Com a redução da taxa de contágio, os 3.411 casos previstos para a  11ª SE não foram alcançados.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus), a 11ª SE terminou no último dia 20 com os seguintes números: 1.520 novas infecções confirmadas e 30 óbitos, elevando o saldo de vidas perdidas para 340 desde o início da pandemia. A última média de ocupação hospitalar de leitos exclusivos para Covid-19 na rede pública e privada ficou em 86,4% e a média de ocupação das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Palmas em 96,7%, segundo o Boletim Epidemiológico nº 367 publicado no dia 21 de março de 2021, com os dados do dia anterior.

Pressão sobre o sistema

Segundo o COE Palmas, não há uma previsão exata para se falar em cenário controlado. Graças à adesão da população e dos setores econômicos, é possível ver o início de uma desaceleração das transmissões, no entanto, o sistema de saúde local ainda opera sob intensa pressão.

“Os hospitais e nossas UPAs estão operando com sua capacidade máxima e isso não vai melhorar de hoje para amanhã. Os casos graves demandam internação por semanas. O que de concreto necessitamos agora é que as medidas de distanciamento social e de autocuidado sejam mantidas pela população para que menos casos novos surjam. Com menos contaminações, consequentemente, menos casos graves virão precisar de leitos. Só assim poderemos vislumbrar um cenário melhor para as próximas semanas”, afirma o presidente do COE Palmas.

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