O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB) se prepara para voltar ao PSDB. Ele tem dito que quer do partido a liberdade de opinião e de posicionamento político para discutir as eleições nos municípios. Para ele, essa decisão de se aconchegar novamente em ninho tucano é uma questão de coerência em relação a política estadual e nacional. Isso porque Eduardo é oposição ao governo Marcelo Miranda (PMDB) e ao governo Dilma Rousseff (PT), enquanto o partido no Estado tem o seu presidente, o ex-deputado estadual José Geraldo, afastado para chefiar a Superintendência Federal da Agricultura, setor subordinado ao Ministério da Agricultura, comandado pela senadora Kátia Abreu (PMDB). Ou seja, Eduardo Siqueira entende que, dessa forma, o PTB do Tocantins acaba ficando próximo dos dois governos aos quais o parlamentar faz oposição.
A QUESTÃO É O SENADOR
Nessa volta, Eduardo Siqueira Campos encontrará o PSDB do Tocantins em situação bem diferente de quando o deixou em setembro de 2013. Apesar de o ex-governador Siqueira Campos continuar na legenda, os tucanos agora estão sob o comando do senador Ataídes Oliveira, aliado do siquerismo no passado mas que rompeu com o grupo do ex-governador com críticas bastantes ácidas.
DE OLHO NO PAÇO
De toda forma, Eduardo Siqueira não tem interesse, segundo diz, em assumir cargos no PSDB, nem em comandá-lo, mas está de olho na Prefeitura de Palmas, da qual foi o primeiro comandante e não esconde a vontade de reassumir. Por isso, a volta do deputado ao partido também passa pelo possível apoio dos tucanos a uma eventual candidatura sua a prefeito a Capital.
PALAVRA QUE PESOU
O clima chegou a ficar tenso em apenas um momento na tranquila reunião do governador Marcelo Miranda (PMDB) com os deputados estaduais, no jantar da Cabana do Lago, na noite de terça-feira, 18. Foi quando o secretário extraordinário para Projetos Estratégicos do Tocantins, Osvaldo Reis, usou da palavra e disparou muitas vezes a palavra “traidores”. Segundo parlamentares ouvidos pelo blog, Osvaldo disse, entre outras coisas, que era “hora de observar os traidores”.
TRAÍDOS E TRAIDORES
Mais do que irritado, o deputado Ricardo Ayres (PSB) não se aguentou e perguntou a Osvaldo quantas vezes ele traiu o PMDB. E teve início uma discussão. Nela, Elenil da Penha (PMDB) também aproveitou para cutucar: “O Osvaldo Reis gosta de jogar umas indiretas. De quem mesmo o senhor está falando?”, questionou. O secretário garantiu que não se referia a nenhum dos presentes. A “turma do deixa disso” entrou em cena e o clima de paz voltou a reinar.
GREVE CONTINUA
Tudo indica que a greve dos servidores da educação vai continuar. A proposta apresentada pelo governo, em reunião com a categoria na quinta-feira, 20, não agradou os grevistas. O assunto deverá ser decidido em assembleia, nos próximos dias.
REUNIÃO DA DIRETORIA
Segundo o presidente do sindicato da categoria, José Roque Santiago, a proposta do governo será discutida na segunda, 24, ou terça-feira, 25, pela diretoria do Sintet. Se a diretoria não aceitar a proposta, a greve continua. Caso aceitem, o tema será decido em assembleia.
NO CONGRESSO
A deputada federal Professora Dorinha (DEM) defendeu mais diálogo entre o governo do Estado e os líderes do movimento paredista da educação. Ex-secretária estadual da pasta nas outras gestões Marcelo Miranda, ela defendeu mais investimentos no setor, “condição fundamental” para o desenvolvimento do Tocantins e de todo o País.
INSATISFAÇÃO CONTINUA
Após publicação pelo blog de nota sobre insatisfação da base aliada ao governador Marcelo Miranda na Assembleia Legislativa, mais um deputado confirmou que “não aguenta mais” a demora do Executivo no pagamento das emendas parlamentares, que são impositivas.
LELIS
Quem também pode disputar a prefeitura de Palmas é o ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV). Durante encontro com a executiva nacional da sigla, nesta sexta-feira, 21, em Palmas, Lelis disse ao blog que há um “grande chamamento” para que ele se candidate.
GRUPO
Para Marcelo Lelis (PV), uma candidatura à prefeitura da capital não pode ser “unilateral”, mas de grupo político. “Esta decisão, pelo que estou sabendo, está sendo tomada para que eu seja candidato em Palmas”, disse Lelis, que é presidente regional da sigla.
EXONERAÇÃO
O diretor geral da Assembleia Legislativa, Antonio Ianowich, foi exonerado do cargo. A exoneração foi publicada no Diário da Assembleia desta sexta-feira, 21. A exenoração, no entanto, seria temporária. Ianowich é advogado e teria pedido exoneração para defender um cliente. Depois retorna ao cargo.
(CT/Colaborou Rubens Gonçalves)