Criminosos bem trajados se passam por bancários no Tocantins, recolhem cartões e aplicam golpe - Foto: Norte do Tocantins

Uma família de Palmas teve um prejuízo de quase R$ 8 mil após cair em um golpe. O pesadelo começou depois que o criminoso entrou em contato se passando por funcionário de um banco. O golpista conseguiu convencer a vítima, uma mulher de 56 anos, a entregar os cartões e as senhas bancárias.

As câmeras de monitoramento do condomínio onde a família mora registraram o momento que os criminosos chegaram e o carro que utilizavam. Eles estavam bem vestidos e fizeram de tudo para não levantar suspeitas.

O golpe começou com uma ligação. O criminoso já tinha o nome das vítimas e sabia quais bancos usavam. Com o argumento de que os cartões tinham sido clonados, primeiro o criminoso pediu para a mulher digitar no telefone as senhas dos cartões.

“Aí ele falou assim, o seu cartão já tá cancelado com segurança e a senhora vai ter que entregar o seu cartão para Polícia Federal fazer uma perícia porque só assim a gente vai descobrir onde foi clonado o seu cartão. Aí e eu falei que eles não estava atendendo para fazer isso”, disse.

A vítima chegou a suspeitar, mas entregou os cartões e informações. “Ele tinha todas as minhas informações e dai foi entrando, aprofundando, falando que vinha outra pessoa entregar o cartão, que era para lacrar o cartão. Falou que a pessoa era de segurança, que era para eu confiar, sempre me passando aquela segurança que eu não precisava me preocupar”, disse a mulher de 56 anos.

Assim que os homens pegaram os cartões, as compras começaram a acontecer. Esse tipo de golpe é conhecido das autoridades e tem crescido durante a pandemia.

“Esse golpe, conhecido como golpe do motoboy, tem aumentado agora durante o período da pandemia, segundo a Federação Brasileira de Bancos, exatamente por conta da vulnerabilidade das vítimas ser maior nesse período. Tem aumentado, segundo a Febrabran, em até 65% a incidência desse tipo de golpe”, disse o professor de direito e segurança na internet, Cleórbete Santos.

No ano passado a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou quase mil crimes cibernéticos. Segundo o especialista, pela internet, o golpe pode resultar em prejuízo ainda maior. “Eles fingem, por e-mail, não somente por ligação telefônica, e as vezes pedem até que a vítima entregue o notebook que ela usa. Eles dizem que o mesmo pode estar infectado e vão recolher também”, disse o especialista.

Quando receber esse tipo de ligação e de e-mail a orientação é ligar diretamente para a instituição bancária por meio dos telefones fornecidos nos sites oficiais. (Com: G1)

Comentários do Facebook
Artigo anteriorHomem morre após carro capotar em curva da BR-222, no Norte do Tocantins
Próximo artigoPrefeitura de Araguaína já construiu quase 750 metros de galerias na Via Norte para canalizar córregos Neblina e Canindé