Ex-secretário de governo, Brito Miranda e ex-governador Marcelo Miranda (PMDB)
Ex-secretário de governo, Brito Miranda e ex-governador Marcelo Miranda (PMDB)
Ex-secretário de governo, Brito Miranda e ex-governador Marcelo Miranda (PMDB)

O ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) e seu pai, o ex-secretário de governo Brito Miranda, foram intimados pela justiça para prestar esclarecimentos em um caso de apropriação de patrimônio, homicídio, saques milionários em ano eleitoral e ameaças. O principal protagonista dessa história é José Edmar de Brito Miranda Junior, irmão do ex-governador do Tocantins.

O processo, que tramita já Justiça, foi noticiário pela Revista Época, em fevereiro, e ganhou destaque nacional, depois que o agropecuarista Alexandre Jardim (o Mamão) admitir ter sido “laranja” de Brito Júnior, em negócios que chegam à impressionante casa de mais de R$ 130 milhões. A “parceria” milionária, ocorreu durante o governo de Marcelo Miranda.

Após a cassação de Miranda, em 2009, por abuso de poder político, Alexandre Fleury foi procurado por Brito Júnior para que ele e sua esposa, Katia Cristina Jardim, assinem um “Instrumento Particular de Rescisão de Sociedade de Fato e Outras Avenças”. Na prática, o documento transfere de Alexandre a propriedade e a participação em todos os bens adquiridos pela sociedade.

A justificativa de Brito Júnior era que a ação era necessária para proteger o patrimônio dos dois, por conta da ameaça de perda patrimonial decorrente da cassação de Marcelo. Logo, Mamão concordou em assinar os documentos de quitação da transferência de suas cotas e alienação dos demais bens. Após a assinatura dos documentos, iniciou o clima de hostilidade entre os sócios, sendo que Mamão chegou a ser avisado que corria risco de vida.

Agora, Alexandre Fleury requer que Brito Miranda Júnior pague a parte nos cotas e outras participações na sociedade, alem de uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e lucros cessantes. O ex-sócio também pede uma perícia fiscal e contábil nos ganhos da empresa, para auferir os lucros que ele tem direito.

Campanha de 2006

Alem da relação com Brito Miranda Junior, Alexandre Jardim também teve papel de destaque na campanha para governador de 2006, a primeira depois do rompimento de Marcelo Miranda com Siqueira Campos (PSDB). Na ocasião, Mamão teria acompanhado um recebimento de R$ 4.800.000,00 em espécie, cujo saque aconteceria na agência Prime do Banco Bradesco de Araguaína e depois realizado a entrega do valor à Brito Miranda, pai do então governador e candidato a reeleição e um dos coordenador daquela campanha.

(Araguaína no ar)

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