Dois estrangeiros foram presos na tarde desta terça-feira,02, em Palmas pela Polícia Civil suspeitos de praticarem crimes contra a economia popular, promover ou constituir organização criminosa, contra a ordem econômica e extorsão. As investigações, realizadas pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais –DEIC Palmas apontam que os dois homens realizavam empréstimos a pequenos comerciantes, cobrando-lhes altos juros e em muitas vezes de maneira intimidatória no momento do recebimento dos valores.

Foram presos nesta terça-feira, os colombianos Diego Mejio,34, e Miguel Rodriguez,25 na região Sul de Palmas nas proximidades da Área Reservada ao Comércio Ambulante (ARCA), em Taquaralto. Com os dois a polícia encontrou celulares, documentos veiculares, uma certa quantidade em dinheiro, fichas de cadastro usadas possivelmente no credenciamento e acompanhamento da movimentação financeira de empréstimos às vítimas, que chegavam a pagar de R$ 60,00 a R$ 180,00 por dia, de acordo com o valor emprestado. Também com os suspeitos foram encontrados materiais de campanha da coligação “A Verdadeira Mudança” encabeçada pelo ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha. Após ouvidos e passarem por exame de corpo de delito, os suspeitos deverão ser encaminhados para a Casa de Prisão Provisória de Palmas – CPP ainda nesta noite.

Investigações

De acordo com o titular da DEIC- Palmas, o delegado Evaldo Gomes, as investigações apontam para uma organização criminosa cujo modus operandi não se iniciava em Palmas mas que ao chegar na Capital, os suspeitos já encontravam toda uma estrutura montada com veículos, apartamentos alugados e uma lista de possíveis vítimas. Ainda de acordo com o delegado, a maior parte das pessoas investigadas são naturais da Colômbia e os valores recolhidos dos empréstimos e extorsão eram revertidos também para contas situadas na Colômbia. “Essa organização criminosa que tem como objetivo emprestar valores para alguns comerciantes e pessoas físicas, cobrando juros extorsivos e posteriormente fazendo a cobrança mediante ameaça de recebimento destes valores. Percebemos que eles se aproveitavam da fragilidade financeira daquelas pessoas vítimas dessa arbitrariedade”, afirmou.

Para o delegado, os membros dessa organização realizam envios em depósitos em unidades bancárias internacionais com interpostos locais para as contas internacionais, que são recolhidos em moeda brasileira e posteriormente convertidos em Dólar ou em Pesos Colombianos.

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