Ester Nogueira

Líder do movimento “Vozes da Advocacia” e pré-candidata de oposição na eleição para o comando da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), Ester Nogueira, criticou, nesta segunda-feira, 27 de setembro, a falta de esforço e trabalho do comando da instituição na busca pela redução dos valores das custas e taxas judiciais no Tocantins.

O Sistema E-Proc vem se aperfeiçoando e promovendo nítida economia processual, em razão da diminuição de diversos gastos do Poder Judiciário e do Estado como um todo para prestação jurisdicional. Além disso, recente alteração legislativa permite a citação por meio eletrônico, barateando ainda mais qualquer custo para o poder público.

Mesmo assim, as custas e as taxas praticadas no Tocantins estão entre as mais altas do Brasil, ainda mais em comparação proporcional, que leva em conta a renda familiar dos habitantes do Estado. Aqui, em um processo avaliado em R$ 100 mil, são cobrados mais de R$ 2,6 mil de custas.

“Ter custas e taxas judiciais de acordo com a realidade do Estado é um imperativo para que os advogados e as advogadas possam exercer seu trabalho de forma plena e não serem levados a desistirem de demandas justas por falta de condição dos clientes em pagar. Infelizmente, além dessas custas altas, nos últimos anos o Judiciário tem negado com frequência a gratuidade da justiça, inviabilizando o serviço essencial para a cidadania, exercido pela advocacia privada”, explicou Ester.

Para o movimento “Vozes da Advocacia”, a causa da omissão do comando da OAB-TO para enfrentar uma questão tão importante se dá pela falta de habilidade do presidente Gedeon Pitaluga para defender a advocacia. Para o movimento de oposição, o atual presidente se apegou a pirotecnias, demonstrando ausência de conteúdo e soluções para problemas reais da nossa profissão.

Além disso, “Vozes da Advocacia” ressalta que em outras gestões as demandas da advocacia eram ouvidas e atendidas pelo TJ-TO (Tribunal de Justiça do Tocantins), em decorrência da reciprocidade do respeito e prestígio entre gestores da OAB e das demais instituições.

O movimento entende, ainda, que o atual presidente da OAB-TO não goza sequer de credibilidade moral, o que afeta diretamente a dignidade de toda a advocacia e lhe tira os instrumentos para trabalhar pelo bem da classe.

Comentários do Facebook
Artigo anteriorAnac autoriza governo do Tocantins construir aeródromo no Jalapão
Próximo artigoAo ministro da Educação, presidente da ATM, Diogo Borges, pede auxílio para retomada das aulas presenciais e agradece visita técnica do MEC e FNDE ao Tocantins