A educação é uma importante ferramenta de ressocialização para pessoas privadas de liberdade. Diante disso, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) trabalha na promoção de ações que incentivem práticas educacionais. Entre as atividades desenvolvidas, está o projeto “Ler é Liberdade”, realizado na Cadeia Publica de Augustinópolis, que teve mais uma edição concluída nesta terça-feira, 17.

O projeto tem objetivo de incentivar o hábito da leitura entre os reeducando. Por meio dele os apenados leem obras indicadas e posteriormente produzem resenha avaliativa, que possibilitam a remição de pena por leitura, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Nesta edição, o projeto contou com a participação de oito reeducandos.

O diretor da unidade, Antônio Marcos Silva, ressaltou que o projeto contribui para o processo de ressocialização dos apenados. “Observamos que a iniciativa possibilita uma visão melhor para os reeducandos, abrindo portas para novos caminhos fora da criminalidade. Estamos trabalhando para sempre incluir a educação nesse processo de reintegração social”, afirmou.

A pedagoga Susy Kelly Azevedo, revelou que, de acordo com os relatos dos próprios reeducandos, é possível perceber o interesse dos mesmos na ação. “Eles entram no projeto com a perspectiva apenas da remição e ao longo dos trabalhos vão se envolvendo com as leituras e com o conhecimento”, enfatizou.

Para o reeducando A.L.M.S, de 36 anos, que já leu sete livros desde que iniciou no projeto, a leitura tem possibilitado uma grande melhora em sua escrita. “Acredito que melhorei minha capacidade de dissertação, conhecimento das palavras cultas e utilização da linguagem escrita. Esse projeto é muito positivo, pois acredito que através da educação todo ser humano possui maior capacidade de tomar decisões corretas”, contou.

Ler é Liberdade

Iniciado em fevereiro de 2019, o projeto de remição por leitura “Ler é Liberdade”, já contou com oito bancas avaliativas. Durante o andamento das atividades, os participantes tem um prazo de 30 dias para ler a obra escolhida, após esse período, eles produzem uma resenha crítica sobre o assunto para ser avaliada pela banca.

De acordo com a pedagoga responsável, Susy Kelly Azevedo, a avaliação das resenhas produzidas pelos reeducandos ocorre em duas etapas. “Na primeira etapa nós damos um feedback aos participantes, onde eles são convidados a fazerem correções e adequações dos textos produzidos. Já na segunda, após a entrega da versão final do texto, eles apresentam para a banca avaliativa”, explicou.

Comentários do Facebook
Artigo anteriorIntegrantes de facção criminosa responsáveis por diversos crimes violentos no TO são denunciados  
Próximo artigoGovernador Mauro Carlesse anuncia implantação de mais um Colégio Militar para Araguaína