Na época,o senhor secretário de administração, que me acusa, foi meu servidor na Casa Civil, diz Marcelo
Na época, o senhor secretário de administração, que me acusa, foi meu servidor na Casa Civil, diz Marcelo

O ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda rebateu as declarações do secretário de Administração e presidente do Conselho do Instituto de Previdência do Tocantins (Igeprev), Lúcio Mascarenhas, sobre as irregularidades e os escândalos que vieram à tona envolvendo o Igeprev. Lúcio Mascarenhas culpou o governo de Marcelo Miranda pelo déficit nas contas do instituto e disse que uma lei criada pelo ex-governador em 2007 teria causado um desequilíbrio nas finanças.

Marcelo Miranda negou as acusações e disse que o atual governo quer desviar o foco das denúncias sobre as aplicações do dinheiro do Igeprev. “Repudio veementemente as acusações do senhor secretário. Acho que é uma inverdade. Ele não está falando o que tem que falar, eu acho que ele tem que dizer para os servidores públicos onde está o rombo de 2011 para cá.”

Depois de dois meses que o escândalo do Igeprev veio à tona, Lúcio Mascarenhas se manifestou pela primeira vez. Segundo ele, ao assumir o governo, Marcelo Miranda, mudou o sistema do Igeprev que era terceirizado para ser administrado pelo próprio Estado. Mascarenhas destaca que os gestores da época foram condenados a devolver R$ 24 milhões. A nota também relata que em 2007 Marcelo Miranda incluiu 4 mil servidores no sistema do Igeprev e isso gerou um impacto de R$ 130 milhões aumentando o déficit atuarial.

“Por que eles e o ex-presidente do conselho deliberativo e hoje secretário das relações institucionais não levantaram isso antes? Na época, inclusive o senhor secretário de administração, que me acusa, foi meu servidor na Casa Civil. Ele ajudava na elaboração das leis com o atual secretário da Casa Civil hoje.”

Na nota, o secretário Lúcio Mascarenhas afirma que os servidores públicos sabiam dos riscos quando Marcelo Miranda mudou o sistema. Segundo ele, alguns representantes dos sindicatos ficaram quietos porque foram atraídos por uma manobra eleitoreira com a promessa de aumento de 25% no salário.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Tocantins, Cleiton Pinheiro, afirmou que os 4 mil funcionários foram incluídos no Igeprev conforme o estatuto do órgão e disse que o que mais gerou aumento no déficit foram as aplicações arriscadas do atual governo. “O grande problema é que o governo fez os investimentos de forma equivocada sem passar pelo Conselho de Administração para pegar as autorizações na forma legal e com isso trouxe prejuízos ao fundo.”

Mascarenhas acusa ex-governador Marcelo Miranda de ter provocado um desequilíbrio nas contas do Igeprev
Mascarenhas acusa ex-governador Marcelo
Miranda de ter provocado um desequilíbrio nas
contas do Igeprev

Lúcio Mascarenhas afirmou na nota que todos os investimentos que ele chama de ‘agressivos’ tiveram que ser feitos devido aos estragos de Marcelo Miranda. O secretário disse ainda que até agora nenhum rombo foi comprovado por gestão fraudulenta nesse atual governo. Ao mesmo tempo, o novo Presidente do Igeprev, Rodrigo Alexandre trabalha para tentar recuperar cerca de R$ 300 milhões que foram aplicados por meio de fundos nos bancos BVA e Rural, que quebraram. As atas do instituto mostram que o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, era presidente do conselho do Igeprev quando várias aplicações consideradas arriscadas foram feitas.(com informações TV Anhanguera)

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