Cirurgias vão garantir reconstrução de mama a mulheres vítimas do cancerEm janeiro de 2003 veio o diagnóstico de câncer, à época Marina Araújo Cantuário estava com 41 anos. Ela conta que sentia dor nos seios próximo ao período menstrual, mas achava que seria normal. “Quando comecei a sentir um nódulo fiz a mamografia, que foi quando soube que o do lado esquerdo era maligno”, pontuou. Em fevereiro de 2003 ela fez a mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama), seguida de sessões de quimioterapia e radioterapia.

Na tarde desta quarta-feira, 2, alívio e felicidade resumiam o sentimento de Marina ao aguardar para entrar na sala do centro cirúrgico e fazer a cirurgia de reconstrução da mama. “Às vezes gosto de uma roupa, mas não posso comprar. Sutiã eu compro sempre do mesmo jeito para colocar o preenchimento. Tem pessoas que perguntam na hidroginástica porque eu uso o top e o maiô sempre da mesma forma”, recorda os anos em que sofreu com a perda da mama.

Aos 52 anos, Dona Marina é a primeira paciente a realizar o procedimento cirúrgico de reconstrução de mama no Hospital Geral de Palmas (HGP). A cirurgia durou pouco mais de uma hora. Giovanni Augustus Morais, cirurgião plástico, explicou que o procedimento ainda será feito em duas outras etapas. A primeira consistiu na inclusão de uma prótese de silicone sub-muscular. Após 30 a 60 dias será feita a simetria das mamas e por fim, os retoques. “Essa é a primeira e a mais importante, porque é a inclusão da prótese e há alguns riscos. Mas estamos bem respaldados e com experiência para fazer a operação”, destacou.

Ainda de acordo o médico, a previsão é de toda quarta-feira seja realizada essa cirurgia no HGP, até o próximo mês já há pacientes agendadas. “Essa parte da reconstrução dos seios é muito importante porque é um símbolo feminino. Fico emocionado e muito feliz de estar sendo o médico responsável por dar início”, afirmou.

Câncer da mama

O câncer da mama é o tipo de câncer que mais atinge as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. A idade continua sendo o principal fator de risco, sendo que as taxas de incidência aumentam rapidamente a partir dos 50 anos.

Outros fatores de risco já estão bem estabelecidos, como, por exemplo, aqueles relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer da mama e alta densidade do tecido mamário.

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