Com apenas 27 dias de duração, chega ao fim o período oficial de praias em Imperatriz-MA, de acordo com a Defesa Civil. O motivo é a vazão da hidrelétrica de Estreito, pelo Consórcio Estreito de Energia (Cest) que, segundo anúncio, está entre 1.700 a 1.800 m³ de água por segundo. A declaração causou insatisfação.
Barraqueiros e barqueiros estão sofrendo com o fim do período de praias. Segundo eles, o tempo foi muito curto para que se pudesse ter lucro. “A gente que vive do ramo de levar gente para praia é ruim. Essa barragem bagunçou tudo. Bagunça a praia, engole o peixe. Outro dia, deixei o barco na água e, quando acordei, ele estava no seco, tive que empurrar”, reclama o barqueiro Edvandro Sousa.
Esse domingo (1º) foi o último dia das praias do Cacau e do Meio, segundo o superintendente Francisco Chagas. Toda estrutura de palco, iluminação, barracas e banheiros já foi retirada das praias. A última programação do verão foi a realização do I Cacau Pop Rock e o Concurso de Gastronomia. Desde segunda-feira (02), os guarda-vidas não estão mais no local, e não tem área de banho demarcada.
Insatisfeito com o curto período, há quem ainda se arrisque a nadar no rio, mesmo com o perigo. “Não deu para aproveitar quase nada das praias. Então é melhor aproveitar pelo menos mais um pouquinho. Acredito que tomando cuidado ainda dá pra curtir um pouco a praia, afinal ainda tem areia. A barragem não cobriu tudo ainda”, afirma o banhista Rodrigo Maciel.
O superintendente alerta para que ninguém se arrisque nas praias, pois a qualquer momento a vazão da barragem pode aumentar. “Não há nenhum tipo de segurança nas praias. Os banhistas estão se arriscando, pois daqui a pouco não haverá mais nenhuma praia, pois a vazão está aumentando gradualmente”.
Relatórios- Segundo os relatórios, este ano, os bancos de areia que surgiram e formaram a Praia do Cacau ocupam uma área de 30% menor que o espaço do ano passado. No ano anterior, as praias permaneceram durante 44 dias. O período foi maior no ano de 2009, com duração de 65 dias. De acordo com Francisco das Chagas, a vazão da hidrelétrica foi uma autorização nacional para o aumento de produção de energia no país.
(Correio Popular)
