O Ministério Público do Tocantins (MPTO) promoveu vistoria em Lagoa do Tocantins, na quinta-feira, 5, para identificar os motivos do baixo índice de vacinação contra a Covid-19 no município, onde só foram aplicadas 59,40% das doses recebidas.

As equipes da Secretaria Municipal de Saúde alegaram que a baixa adesão se deve à circulação de notícias falsas, que geram desconfiança quanto à vacina, mesmo entre o segmento mais jovem da população. Na cidade, a imunização já foi disponibilizada para a faixa etária dos 18 anos, mas ainda sobram imunizantes no estoque.

Conforme o Vacinômetro da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o percentual da população vacinada com a 1ª dose é de 26.36%; com a segunda dose, 10.08%; e com dose única, 1.16%.

A promotora de Justiça da Comarca de Novo Acordo, Renata Castro Rampanelli, que acompanhou a vistoria, se dispôs a colaborar em ações de comunicação, que conscientizem quanto à importância da imunização e a eficácia das vacinas.

No levantamento, outra intercorrência identificada refere-se à perda de 20 doses da vacina, ocorrida no início do processo. Os imunizantes foram encaminhados a Lagoa do Tocantins para a aplicação em pessoas da comunidade quilombola, mas terminaram vencendo, pois a cidade não possui moradores deste segmento e a gestão não direcionou o uso para outros públicos.

Um relatório com todas as informações será elaborado e encaminhado à Promotoria de Justiça de Novo Acordo, para as eventuais providências cabíveis.

Lagoa do Tocantins é a 16ª cidade vistoriada pelo Ministério Público, por meio do seu Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde), além das centrais de distribuição de vacina do Estado e da capital, várias outras cidades estão com inspeções agendadas. “Com esta frente de trabalho, estamos buscando identificar os entraves do processo de vacinação, para enfrentá-los e conseguirmos fazer com que a imunização avance no Tocantins”, explicou a coordenadora do CaoSaúde, promotora de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro.

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