rio tocantins
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Menos de um mês se passou desde a abertura oficial do período de veraneio de Imperatriz-MA e o Consórcio Estreito de Energia (Ceste) já emitiu uma nota sobre a suspensão das praias ao longo do Rio Tocantins. Para o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas, não há muito que se possa fazer. “Estamos protocolando um ofício para aumentarmos, pelo menos, mais 15 dias. Mas nós temos que nos adaptar a essa nova realidade”, disse.

Segundo ele, o nível do rio será monitorado diariamente e as praias continuam. No entanto, um documento será enviado aos barraqueiros com orientações. “A programação segue normalmente. Só vamos suspender quando tivermos informação de que a vazão da água irá atingir diretamente as nossas praias. Vamos enviar um ofício aos barraqueiros com orientações, como, por exemplo, para eles não deixarem as barracas sozinhas”, afirmou.

Sobre a possibilidade de um acordo para a situação não se repetir nos próximos anos, o superintendente acredita que é algo difícil de ser feito. “É algo muito distante de nós. Eles não vão deixar de funcionar para atender ao período de veraneio, não vão deixar de produzir energia”, acrescentou. De acordo com Francisco das Chagas, o período oficial de praias, em 2012, foi de 44 dias e a estimativa para 2013 é que dure um mês, contando da abertura – em 4 de agosto.

A notícia não foi bem recebida por quem aproveita essa época do ano para garantir uma renda extra. É o caso do barqueiro Edvandro Sousa. “A gente que vive do ramo de levar gente para praia é ruim. Essa barragem bagunçou tudo. Bagunça a praia, engole o peixe. Outro dia, deixei o barco na água e, quando acordei, ele estava no seco, tive que empurrar”, conta.

Rosimar Coutinho vende comida próximo ao Porto da Balsa e também está insatisfeita. “O rio já começou a encher um pouco. Normalmente, as praias duram quase seis meses e agora já está acabando. Eu passo o dia todinho aqui e não estou ganhando mais dinheiro como antes. A gente se sente prejudicado. O prejuízo maior ainda é para quem tem barraca”, desabafou.

(Janaina Amorim)

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