Imagem: Unimed Fortaleza

Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) com moradores de todas as regiões do país mostra que na região Norte, entre os que utilizam os serviços do SUS, a valorização do plano de saúde é bem maior. Enquanto apenas 75,1% dos que vivem no Sul disseram que consideram necessário ter um plano de saúde, por exemplo, no Norte o percentual é bem maior: 97,6%, ou seja, quase todos os entrevistados acham importante contar com o benefício. Na média nacional, o estudo identificou que 83,3% consideram o plano necessário. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas 4% da população do Norte conta com plano de saúde. No Sudeste, com o maior percentual do país, chega-se a 61% de usuários do benefício.

“O SUS precisa ser permanentemente fortalecido como um dos principais programas públicos de universalização da saúde, mas a saúde suplementar, como o próprio nome diz, tem papel fundamental na promoção da saúde da população”, destaca o presidente da ANAB, o advogado Alessandro Acayaba de Toledo.

Outro dado identificado no estudo é que no Norte é maior o número de pessoas que não possui plano por questões financeiras: o percentual chega a 81,5%, enquanto no Centro-Oeste é de 62,2%. Entre os que responderam que nunca tiveram um plano, a maioria se concentra nas regiões Norte, com 55,4% e Nordeste, 48,7%.

“A maioria dos brasileiros ainda não conhecem o papel das administradoras de benefícios, que podem auxiliar aqueles que ainda não encontraram um plano que caiba no bolso. A preços acessíveis, é possível conseguir um plano com serviços médico-hospitalares de excelência, nas melhores operadoras de saúde do país”, afirma Alessandro Acayaba de Toledo. E para quem tem plano, esclarece Alessandro, elas podem auxiliar na busca por um produto mais em conta e sem perder a qualidade do atendimento.

Outra diferença encontrada na pesquisa é com relação à frequência de visitas ao médico. A maior parte dos respondentes vai ao médico a cada seis meses, mas enquanto no Sudeste 22% revela ir ao médico apenas de seis em seis meses, no Norte a parcela sobe para 33,9%. Já entre os que vão anualmente apenas, a diferença é bem menor.

A pesquisa mostra ainda que a percepção para a importância do plano de saúde para diferentes faixas etárias é bem diferente entre as regiões. Apesar de todos acharem mais importante para idosos, no Norte, 34,8% consideram que adquirir plano de saúde para idoso deve ser prioridade, em seguida vem para adultos, com 31,9% e depois para crianças, com 31,9%. Já no Nordeste, a prioridade para idosos é bem maior: 47%, enquanto para crianças vem em segundo lugar, com 24% e adultos em terceiro, com 23,1%. No Sudeste, também é mais equilibrado. Cerca de 39,6% priorizam idosos, 36,8% crianças e 17,4% adultos.

A pesquisa abordou ainda, entre usuários do SUS, que 68% chegaram a desistir de ir ao médico pela dificuldade em ter acesso ao sistema de saúde. No Norte, 68,2% disseram que sim. No Sul, onde há o menor percentual, 60% também desistiram. O maior percentual ficou no Centro-Oeste, de 87,7%.

A amostra – Realizada em parceria com o Instituto Bateiah – Estratégia e Reputação, a Pesquisa ANAB de Assistência Médica realizou coleta de dados nacionalmente em abril, por meio de entrevistas telefônicas. Num cenário menos crítico da pandemia, com a queda dos registros de casos de coronavírus, porém com os riscos ainda presentes, a população passou a ter maior compreensão sobre a fragilidade da vida e está mais preocupada em ter acesso amplo ao serviço assistencial da saúde. Entre os entrevistados, brasileiros, com 16 anos ou mais, responsáveis pelas principais decisões de seu domicílio. A amostra final foi de 1.012 respondentes.

Clique aqui para ter acesso à pesquia completa.

Comentários do Facebook
Artigo anteriorSocorristas atendem vítimas de acidentes com motos em Palmas e Araguaína
Próximo artigoPF investiga crime de armazenamento e compartilhamento de imagens pornográficas envolvendo criança ou adolescente