Interessados em fazer parte da Brigada de Combate a Incêndios Florestais foram ao teste físico na manhã desta segunda-feira, 26, nas oito unidades do Corpo de Bombeiros Militar. São 80 vagas e quem se candidatou, precisou suar a camisa, literalmente, para conquistar uma das matrículas no Curso de Formação, que terá início dia 29.

A criação da brigada é uma iniciativa do Governo do Tocantins, em apoio direto ao CBMTO e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH).

Um total de 712 pessoas se inscreveram, mas a forma como elas seriam aprovadas, pode ter afastado um grande número de interessados. É que, para garantir vaga no Curso de Formação de Brigadistas, o candidato teria que percorrer 2.400 metros, com 24 quilos (uma bomba costal cheia), com o tempo abaixo de 30 minutos. Mas 108 candidatos foram para a disputa.

O Tenente-Coronel Erisvaldo Alves, Coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, pontuou que as ausências são naturais e até revelam o perfil daqueles que já conhecem a dificuldade que é a atuação nessa profissão.

“Muitos podem ter se inscrito no impulso, achando que tinham condições de passar no teste”, afirmou Alves. “Mas também foi exigido atestado médico e pode ser que nem todos tenham conseguido correr atrás, ou quando o médico pediu exames complementares, pode ter ocorrido algum impedimento”, completou.

Erisvaldo Alves ainda destacou que, “para selecionar os brigadistas, não tem como ser diferente pelo que é a atividade em si”. “Isso mostra que a atividade é pesada. Muita gente deve ter repensado e nem tentou arriscar”, frisou.

Para o Corpo de Bombeiros Militar, a seleção de Brigadistas nos moldes definidos pelo Governo do Tocantins, é inédita. O próprio CBM, por meio de sua Diretoria de Ensino e Pesquisa, organizou e executou todas as atividades, envolvendo militares das 08 unidades, envolvendo quase 50 militares.

“É um processo seletivo novo para a corporação, mas que ocorreu dentro da normalidade prevista. Serviu também para colocarmos em prática os conhecimentos e a capacidade de execução de um trabalho tão importante quanto esse de seleção de brigadista”, relatou o Major Nilton Rodrigues, diretor de Ensino e Pesquisa.

Prova dura

Quem fez o teste prático pela primeira vez, brigando por uma vaga na Brigada, viu o quanto é difícil andar rápido com a bomba costal cheia. O TAF teve apenas esse exercício como forma de classificação e eliminação dos candidatos. Para tanto, as unidades do CBMTO levaram em conta as questões de segurança contra a covid-19.

A largada da primeira bateria com os candidatos em Palmas foi por volta das 07h30, e o menor tempo registrado foi de 20 minutos e 40 segundos, feito por Cleberson Santana e Silva, 33 anos. Ele contou que já foi brigadista no município de Arraias, por duas vezes.

“Eu trabalho para uma empresa, atualmente. Mas se eu puder, vou querer atuar como brigadista também. Espero dar certo”, disse.

Em Palmas, a prova ocorreu no estacionamento do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, na antiga Avenida do Aeroporto. O circuito era demarcado com fita zebrada e bombonas d´água. Cada candidato tinha que dar oito voltas para concluir a tarefa.

De todas as Unidades do CBMTO, com inscritos para a seleção, apenas Gurupi não conseguiu fechar as vagas. Dos 62 inscritos, apenas 03 compareceram.

Agora, todos os demais precisam providenciar os documentos necessários para então iniciarem o curso de formação, que vai ser ministrado pelas Unidades do CBMTO nas cidades onde eles vão atuar e estar sob coordenação da corporação.

Os nomes dos aprovados já estão em nosso site www.bombeiros.to.gov.br e podem ser conferidos no link https://bit.ly/3r95Tgm.

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