Ampolas de remdesivir na universidade de Hamburgo, na Alemanha, em 8 de abril de 2020 — Foto: Ulrich Perrey / Pool / AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro definitivo da vacina Oxford/AstraZeneca e de medicamento contra covid-19.O antiviral Rendesivir terá, em bula, a indicação de uso para tratamento da covid-19, em pacientes hospitalizados.

O especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, explicou que a empresa produtora do Remdesivir entrou com pedido de registro no Brasil em 6 de agosto.

O Remdesivir é um medicamento sintético intravenoso que age impedindo a replicação viral. Ele pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade, segundo Sanches, de 36 meses.

O medicamento já está sendo usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos, que estejam hospitalizadas, mas só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente. Outra autorização emergencial foi acordada paralelamente para crianças com menos de 12 anos que pesem pelo menos 3,5 quilos.

Logo após a aprovação americana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com Covid-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.

Ainda nesta sexta, Anvisa também informou o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, com etapa de fabricação no Brasil. A vacina é a segunda a obter o registro sanitário definitivo no país e já teve o uso emergencial liberado em janeiro.

A vacina da AstraZeneca já tinha autorização para uso emergencial, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. O primeiro registro definitivo foi dado para a vacina da Pfizer, em 23 de fevereiro, mas ela não tem acordo com o governo ou distribuição no Brasil.

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