A passagem de Laurez Moreira (PSD) pelo comando interino do Tocantins terminou marcada por desaprovação, insegurança política e descrédito popular. Pesquisa nacional do Instituto AtlasIntel colocou o ex-governador entre os cinco chefes do Executivo estadual mais reprovados do país, um retrato contundente de uma gestão que não conseguiu ganhar confiança nem apresentar rumo claro ao Estado.
Segundo o levantamento, 44% dos entrevistados reprovaram o governo Laurez, enquanto apenas 36% aprovaram sua atuação. O dado mais alarmante, porém, é o índice de 20% de indecisos, o maior entre todos os governadores avaliados, sinalizando desinformação, falta de comunicação e ausência de marcas concretas da gestão.
O desempenho empurra Laurez para a mesma prateleira de governos amplamente rejeitados no cenário nacional, ao lado de Carlos Brandão (MA), Raquel Lyra (PE), Ibaneis Rocha (DF) e Wilson Lima (AM), este último líder absoluto em rejeição. Estar nesse grupo não é coincidência: é reflexo de administrações que falharam em entregar resultados, estabilidade e liderança.
A pesquisa foi realizada entre 6 de outubro e 5 de dezembro, período que coincidiu com um dos momentos mais turbulentos da política tocantinense. Laurez assumiu o governo em meio ao afastamento do governador Wanderlei Barbosa e deixou o cargo sob forte desgaste institucional, sem conseguir impor autoridade nem reduzir o clima de incerteza que se instalou no Estado.
O levantamento começou apenas dois dias após Laurez assumir o Palácio Araguaia e terminou logo após a decisão do ministro do STF Nunes Marques que devolveu Wanderlei Barbosa ao cargo decisão posteriormente confirmada pela Segunda Turma da Corte. O intervalo foi curto, mas suficiente para consolidar uma percepção negativa generalizada.
Os números escancaram o que já era perceptível nos bastidores: a gestão interina de Laurez Moreira passou sem deixar legado, sem articulação política e sem respaldo popular, entrando para a estatística como uma das mais mal avaliadas do Brasil. Um governo que não convenceu, não comunicou e, sobretudo, não entregou.


