A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 19, no Tocantins, a segunda fase da Operação Nudae, para cumprir dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o dirigente do INCRA, expedidos pela 4ª Vara Federal. O superintendente do Incra e ex-deputado estadual, Carlos Alberto da Costa, conhecido como Carlão da Saneatins, foi preso durante a operação.
A Polícia Federal informou que, além do mandado de prisão preventiva contra o superintendente do Incra, cumpriu também dois mandados de busca e apreensão: um na casa de Carlão e outro na sede do órgão em Palmas.
A primeira fase da operação Nudae culminou no afastamento do superintendente do Incra do cargo, de forma provisória.
Na época, Carlão da Saneatins afirmou que não participou de qualquer atividade ilícita e garantiu que vai contribuir com as investigações. Disse ainda que as contratações foram feitas antes de assumir a superintendência do Incra no Tocantins, em gestões anteriores.
Costa ficou proibido de entrar no Instituto e nas entidades de assistência técnica no Estado, por determinação da Justiça Federal.
Segundo a PF, a investigação teve início após o inquérito policial instaurado em abril de 2016, quando foi observado um esquema de fraude na seleção de empresas contratadas para prestar assistência técnica e extensão rural (ATER) por meio de uma chamada pública – quando há a publicação de um edital para contratar obras e serviços públicos.
O pedido de afastamento do superintendente foi feito pelo Ministério Público Federal após a investigação da PF. A suspeita era que havia um suposto esquema envolvendo o superintendente regional, fiscais de contratos e representantes das empresas contratadas. Segundo o MPF, a finalidade era realizar pagamentos por serviços de assistência técnica que não haviam sido efetivamente executados.
(Com informações do G1)