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O presidente da Associação dos Policiais Civis do Estado do Tocantins, Davi Fernandes Nunes, fez referência um dos mais famosos romances de Roman Polanski, para criticar a Medida Provisória enviada pelo Governo do Estado que muda a estrutura do Plano de Cargos Carreira e Salários da Polícia Civil do Tocantins. “Estão criando um ‘bebê de Rosemary’ com esta MP. Este texto causará um verdadeiro racha dentro da corporação”, criticou Davi.

O texto era para ser votado nesta terça-feira, 10, mas foi transferido para a sessão seguinte, que acontece nesta quarta-feira, 11. “Convocamos todos os Policiais Civis para estarmos na AL cobrando nossos direitos e protestando contra este bebê de Rosemary”, convidou o presidente da Aspol, que fez duras críticas ao secretário de administração, Lúcio Mascarenhas. “É incrível como o Lúcio foi capaz de criar os níveis de progressão no PCCS do Quadro Geral, do qual ele faz parte, e ainda pagar o retroativo, o que não aconteceu na proposta para o quadro da Polícia Civil. É lamentável”.

De acordo com o presidente, a Medida Provisória até traz pontos positivos, como o fim de limitação de vagas para efeito de progressões; atribuições para os cargos de motorista policial, agentes penitenciários, papiloscopista entre outros, além da criação de três níveis abaixo do nível superior.

Ainda de acordo com Nunes, estes avanços serão insignificantes diante dos retrocessos de outros pontos apresentados. “Tirar direitos de servidores públicos é inadmissível. Como concordar com o não pagamento do retroativo aos Policiais Civis referentes 2013 e 2012; ou o não enquadramento imediato do Policial Civil que tem interstícios dos níveis criados após a classe especial e estabelecendo esse enquadramento somente a partir de 2017”, destacou o presidente da Aspol que lembrou que a MP irá criar duas Polícias Civis no Tocantins, uma com progressões de 2 e 3 anos outra de 3 em 3 anos, não coincidentes.

“Tais medidas trarão grandes divisões dentro da polícia civil e problemas que no futuro serão difíceis de serem sanado. Esperava-se que nesta MP o compromisso feito pelo próprio governador Siqueira campos, em comício no bairro Cinba em Araguaína, durante a campanha e diante vários Policiais Civis, fosse cumprido. Ele disse que estabeleceria dois salários dentro da corporação: o do delegado e dos demais servidores. Mas o que esperar de um governo que utiliza como interlocutor entre o governo e os servidores a pessoa de Lúcio Mascarenhas. Pessoa essa que só causa entrave, coloca empecilhos e é intransigente“, finalizou Davi.(ascom/Aspol)

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