Momento da agressão ao árbitro Geová dos Reis,50 anos.
Momento da agressão ao árbitro  Geová dos Reis,50 anos.
Momento da agressão ao árbitro Geová dos Reis,50 anos.

Prestaram depoimento na Delegacia na última semana em Gurupi, três suspeitos de agredir Geová dos Reis,50 anos.

Ainda serão ouvidos mais cinco suspeitos apontados como os autores das agressões contra o árbitro, que aconteceram no dia 2 deste mês, durante uma partida de futebol amador em Gurupi, no sul do Tocantins.

Segundo a polícia, apenas após ouvir todos os envolvidos é que será formalizado um termo circunstanciado. Reis será chamado novamente à delegacia para confirmar a representação dele e a polícia irá encaminhar o caso à justiça.

Dos oito homens suspeitos de agredir o árbitro, sete são jogadores e um é torcedor que, segundo a polícia, foi o responsável pela maior parte das agressões. A ação dos suspeitos foi filmada por um integrante da Rádio Nova FM de Gurupi e o vídeo foi disponibilizado na internet ( youtube).

Entenda o caso

Reis foi agredido durante uma partida amadora de futebol pela Liga Esportiva Tocantins Araguaia (LETA), em Gurupi, no sul do estado. Em um dos jogos das quartas de final do campeonato, a equipe do Jardim dos Buritis perdia por 3 x 2 pelo time do Aeroporto. Segundo Reis, aos 49 minutos do segundo tempo, quando ele levantou a mão para finalizar a partida, foi surpreendido por um soco desferido por um jogador do Jardim dos Buritis.

“Ele veio para cima, me deu um murro, eu recebi chute de outro jogador, caí e outro veio e me deu outro chute. Quando eu percebi já tinha mais ou menos oito pessoas em cima de mim”, conta o árbitro. Ele precisou levar seis pontos no supercílio.

Geová diz que no momento da agressão ficou surpreso e não entendeu os motivos da violência. “Depois, as pessoas me falaram que os jogadores de Jardim dos Buritis tinham pedido um pênalti, mas eu não percebi na hora.”

O árbitro contou que já tinha sofrido pressões em partidas de futebol, mas é a primeira vez que foi agredido fisicamente. “Minha mente não está recuperada. Eu estou dormindo pouco, preocupado”, desabafa Geová, que desde 1994 faz parte da Federação Tocantinense de Arbitragem.

Geová explicou que depois da agressão ficou 20 minutos em campo esperando a chegada da Polícia Militar. O árbitro agredido foi encaminhado à delegacia de flagrantes do município, fez o boletim de ocorrência e no dia seguinte o exame de corpo de delito.

O árbitro, que também é vendedor, motorista e soldador, disse que pensou em parar de apitar. “No momento eu pensei em parar, mas eu não posso deixar este fato mudar minha rotina, vou parar quando eu decidir que chegou a minha hora de deixar a arbitragem”. O árbitro ainda disse que enquanto as pessoas permanecerem com a mentalidade de que precisam vencer a qualquer custo, a violência persistirá no esporte.

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