“Estamos arrasados. Ele era um filho maravilhoso”. As palavras são de Lucíola de Alvim Costa, mãe do médico do Exército Gabriel Costa Lima, de 29 anos, encontrado morto em uma estrada vicinal próximo à Cachoeira dos Cristais, na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás. O corpo foi localizado no último sábado, 13, e está sendo levado para Augustinópolis, norte do Tocantins, onde será velado.

Segundo a mãe, o velório está previsto para as 15h30 na Câmara de Vereadores. O enterro deve ocorrer às 8h desta terça-feira (16), no município tocantinense onde a família vive há 26 anos.

Gabriel é formado em medicina e fazia residência em Ortopedia no Rio de Janeiro. A mãe conta que o Exército liberou o jovem para que fizesse um curso em Brasília. Na quinta-feira , 11, véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, ele ligou para a mãe. Esse foi o último contato dos dois.

“Ele disse que não conhecia a região da Chapada dos Veadeiros e que iria aproveitar o feriado para conhecer. Sempre fez trilhas. Ele gostava muito, tinha curso de mergulho, sempre visitou esses lugares, então isso não me trazia preocupação porque ele era acostumado”, contou.

A estrada vicinal onde o corpo foi achado fica em uma fazenda, onde ocorreu uma festa na sexta-feira, 12. Mas segundo a mãe, ele não teria participado do evento.

O corpo foi achado na madrugada de sábado. “Estamos arrasados. Ele era um filho maravilhoso, um excelente profissional, amava a profissão. Era muito tranquilo e só vivia sorrindo”, lamenta.

O médico foi atingido nas costas, costela, nuca e bochecha, provavelmente efetuados por uma arma calibre 32. O delegado Yasser Yassine, que estava de plantão em Formoso no dia dos fatos, disse que os locais dos disparos sugerem a prática de uma execução.

“A suspeita é de execução pelo modus operandi do crime. Esses tiros na nuca e na bochecha nos leva a crer isso. Se fosse um assalto, não teria necessidade desses disparos. Porém, não descartamos outras hipóteses”.

Lucíola tem mais dois filhos, um é odontólogo em Augustinópolis e outro é estudante de odontologia em Belo Horizonte (MG). A família é natural de Minas Gerais. Gabriel chegou ao Tocantins aos 5 anos e cursou até o 9º ano, quando voltou para Minas Gerais para fazer o ensino médio.

 (G1)
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