Neste domingo, 29, a Justiça decretou a prisão preventiva dos quatro policiais militares suspeitos de atirar contra o delegado da Polícia Civil. A decisão é do juiz plantonista Ciro Rosa de Oliveira.

Segundo o juiz, o objetivo é evitar que os militares destruam provas e interfiram no depoimento de testemunhas.

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) emitiu nota em que lamenta e questiona as prisões, para a entidade a decisão foi precipitada.

Diante dos mandados de prisão expedidos e cumpridos na manhã deste domingo, 29, contra quatro policiais militares envolvidos na ocorrência no município de Guaraí, que, lastimavelmente, deixou ferido o Delegado de Polícia Marivan da Silva Souza, a Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) lamenta e questiona a atitude precipitada com que foi decretada a prisão dos militares.

Primeiro, vale ressaltar que os policiais militares em questão não são profissionais despreparados, da forma como foram julgados por manifestações de outras forças da segurança pública, e tampouco estavam nas ruas para efetuarem disparos arbitrários. Os militares, como tantos outros, estavam no exercício de sua função, determinados a resolverem a ocorrência de um roubo a carro-forte, realizado no mesmo município no dia anterior (27). Vale lembrar que 80% da Segurança Pública é composta por policiais militares, os quais trabalham com afinco para proteger a sociedade tocantinense.

Segundo que, as equipes de serviço trabalhavam com suspeitas do roubo ter sido cometido por uma quadrilha de roubo a bancos na Região de Guaraí no mês de janeiro, onde na abordagem foi localizado um veículo SW4 ,cor branca, placa psm 3000.

Analisando sobriamente a situação, apesar de todos os infortúnios envolvidos, a APRA-TO entende que não haveria necessidade de executar uma prisão preventiva contra os militares, sendo que os mesmo não representam risco algum para a sociedade, pelo contrário, agiam com o único objetivo de protege-la.

A APRA-TO observa ainda, com grande indignação, o tratamento desigual através do qual são julgadas as polícias, atribuindo-se claros privilégios às outras instituições de segurança pública sempre em detrimento da Polícia Militar. Observação esta que pode ser Ilustrada com muita clareza se compararmos estas prisões preventivas, quando a vítima é um delegado de polícia, o qual foi rapidamente atendido pelos policiais militares e passa bem, com o caso do Sargento Fraga, executado fardado sem que nenhum dos agentes que efetuaram os disparos fosse responsabilizado.

Toda esta situação serve para reafirmar ainda mais a ineficácia deste sistema de Segurança Pública, no qual uma polícia com o poder do inquérito faz o que quer e a outra, que age efetivamente e fisicamente para garantir a proteção social, é tida como uma polícia de terceiro escalão. Precisamos acabar com esta prática absurda de sempre culpabilizar a Polícia Militar diante de qualquer crise que apareça no sistema de Segurança Pública.

Por fim, a Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) lamenta o incidente e espera que a justiça e o poder público tomem providencias para evitar situações como esta sem que haja privilégios para determinadas forças de polícia e sem julgamentos precipitados.

Palmas 29 de outubro de 2017.

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