Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) confirmou, na manhã desta quarta-feira, 25, que a estudante Isadora de Morais, de 14 anos, baleada por um colega no colégio em que estuda, está paraplégica. Segundo o último boletim divulgado pela assessoria de comunicação da unidade, a menina sofreu uma lesão na medula e perdeu o movimento das pernas.
“A adolescente apresenta uma lesão na medula espinhal, no nível da 10ª vértebra da coluna torácica, que comprometeu os movimentos dos membros inferiores de forma definitiva. A paraplegia já havia sido diagnosticada no dia de sua admissão”, informou o hospital.
De acordo com a nota, Isadora continua internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) humanizada, com estado de saúde regular. A menina está, segundo o hospital, orientada, consciente e respirando sem a ajuda de aparelhos.
Além de Isadora, continua internada a estudante Marcela Macedo, 14, que segundo a assessoria de comunicação do Hugo está internada em uma enfermaria com estado regular.
Já Lara Fleury, que estava internada no Hospital dos Acidentados, recebeu alta médica na terça-feira (24). Na mesma data, ela divulgou um áudio para agradecer o apoio das pessoas e revelou que está se recuperando.
A mãe de Isadora, Isabel Morais, disse durante um culto em homenagem às vítimas dos tiros, realizado na terça, que a filha pediu “as pernas de volta” aos médicos. A mãe da adolescente afirmou ainda que tem fé de que a filha possa se recuperar.
“Ela me disse: ‘Mamãe, morri e parecia que estava em um sonho e acordei de novo. Fala para os médicos que quero minhas pernas de volta’. Acredito, creio que Deus vai recuperar a medula da minha filha, sei que Deus faz o impossível, mas também sei que minha dor não é maior do que a de quem perdeu os filhos”, completou.(G1/GO)
Entenda o caso
Um atentado a uma escola na manhã desta sexta-feira, 20, deixou pelo menos dois mortos e quatro feridos em Goiânia. O tiroteio ocorreu no Colégio Goyases, situado no bairro Conjunto Rivera. A ocorrência foi atendida pelo Corpo de Bombeiros, que teria recebido a denúncia de uma professora pelo 193.
Conforme os Bombeiros, um adolescente fez os disparos de arma de fogo em uma sala de oitavo ano. Dos seis adolescentes atingidos, dois morreram na sala e quatro foram socorridos. A turma é composta por jovens entre 12 e 13 anos.