Deputado Léo Barbosa
Deputado Léo Barbosa

Durante audiência pública sobre o PL 3261/19 que propõe atualizar o Marco Regulatório do Saneamento Básico do Brasil e que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 20, na Assembleia Legislativa do Tocantins, o deputado estadual Léo Barbosa (SD) se irritou com as declarações feitas pelo representante da BRK, Tadeu Pinto, que comparou o preço da água e esgoto fornecidos aos tocantinenses ao preço de um picolé ou cafezinho.

Em sua fala, Tadeu apresentou comparativos baseados em dados publicados pelo IBGE ainda no ano de 2009, quando os serviços de água e tratamento de esgoto apareciam como itens de menor impacto no orçamento das famílias, representando 0,6% deste orçamento.
”Considerando o consumo médio de 13 metros cúbicos, para uma família de 3 pessoas, cada pessoa gasta por dia, R$ 1,27 para ter água e esgoto. Vou comparar agora quem paga R$ 1,27 por dia para ter água e esgoto em sua residência e for pagar uma água mineral que é R$ 2 reais, um picolé é R$ 2. Todo mundo acha água e esgoto caro, mas não faz essa conta”, disse Tadeu.
Indignado, Barbosa classificou como absurda a comparação e citou os altos preços das contas de água pagas pelos usuários atualmente. “Já conversei com pessoas que ganham pouco reclamando de contas que chegam a R$ 700 reais, é abusivo. Na minha casa são dois adultos e duas crianças e no mês passado veio R$ 1290 reais, isso em uma quadra de médio e alto padrão. Imagina uma conta dessas para uma família do [bairro]  Lago Norte, do União Sul”, indagou o parlamentar.
Sobre outra declaração de Tadeu, Léo disparou. “Quando eu vejo o senhor dizer que um pai de família levanta as mãos para o céu e agradece quando chega água depois que ela foi cortada, ele agradece porque precisa dela para viver e não porque a BRK está levando. A BRK está levando porque está ganhando dinheiro ou ela não estaria nesse ramo há mais de 30 anos”, disse Léo.
Barbosa ainda falou sobre a situação do Setor Bertaville, em Palmas. “É um descaso a situação do Bertaville, onde os moradores são obrigados a conviver com o mau cheiro. Prejudica uma região inteira e a BRK ignora, não só a situação como os questionamentos da Assembleia Legislativa e da Câmara”, completou.
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