A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por meio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO e da Divisão Especializada de Repressão à Corrupção – DECOR, deflagrou, nesta terça-feira, 24, mais uma fase da Operação Catarse, na cidade de Araguaína, no Norte do Estado.

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos, computadores e demais dispositivos eletrônicos nas residências de cinco ex-servidores temporários da extinta Secretaria Geral de Governo do Estado do Tocantins, na gestão do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), cassado em 2018 pela justiça.  A suspeita da Polícia Civil é a de que os investigados recebiam salários, porém não exerciam as funções administrativas referentes ao cargo.

Segundo o delegado Guilherme Rocha, durante as investigações ficou constatado que os cinco servidores não cumpriam agenda de trabalho de acordo com a lotação e atribuição a que foram nomeados. Um deles, de iniciais D. F. J. O., nomeado em 05.03.2018 para o cargo de supervisor de suporte e operação, trabalha na verdade como servente de pedreiro em Araguaína.

Já a segunda investigada, de iniciais R. C. F., foi nomeada em 02.03.2018 para o cargo de agente de cadastro e informação com salário de R$ 2.400,00, é ex-assessora parlamentar de uma deputada estadual e exerce a advocacia no município de Araguaína.

A terceira investigada, de iniciais S. S. M., nomeada em 09.03.2018 para o cargo de supervisor de suporte e operação com salário de R$ 1.800,00, é atualmente assessora parlamentar de uma deputada estadual e afirmou que mora em Araguaína há mais de duas décadas.

Os outros dois investigados, de iniciais S. R. S e R. N. F. da S., foram nomeados para o cargo de técnico em suporte e operação e supervisor de suporte e operação, respectivamente, na extinta Secretaria Geral de Governo, e, conforme apurado, sempre residiram em Araguaína.
Ainda de acordo com o Delegado, as diligências foram reveladoras e, neste momento,  os trabalhos se concentrarão na análise do material apreendido e na inquirição de testemunhas.

As investigações fazem parte da Operação Catarse, que investiga supostas contratações de servidores no Executivo e Legislativo do Estado sem a devida comprovação de atividades públicas. Nesta fase, a operação contou com o apoio de policiais da Divisão Especializada em Investigações Criminais – DEIC/NORTE e da Divisão Especializada na Repressão a Narcóticos.

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