Polícia Militar escolta transporte de órgãos e ajuda a salvar vidas

Na noite de terça-feira, 18, a Polícia Militar em apoio à Central de Transplantes de órgãos do Tocantins (CETTO), prestou apoio logístico atuando como batedores e escolta de órgãos humanos, coletados no Hospital Geral de Palmas (HGP), a serem transplantados em pessoas que estão na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes, em Brasília e São Paulo.

Equipes do 1º Batalhão da PM, abriram caminho para que a ambulância que transportava o coração coletado de um adolescente de 16 anos que teve confirmação da morte por trauma cranioencefálico, chegasse o mais rápido possível ao aeroporto de Palmas onde uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) aguardava, com destino à Brasília.

O processo de doação de órgãos é uma corrida contra o tempo e a favor da vida, por isso o embarque na aeronave da FAB com destino à Brasília, precisava ser ágil devido ao curto espaço de tempo existente para realização do transplante de coração que é de apenas 4 horas entre a captação e a cirurgia.

Essa não é a primeira vez que a Polícia Militar do Tocantins presta apoio logístico à continuidade da vida no Brasil. No último dia 4 de agosto, o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) realizou mais um voo pela vida levando à bordo um coração, rins e fígado. Em apoio à CETTO, uma equipe de captação da Rede Nacional de Transplantes foi levada pelo helicóptero do Ciopaer, do HGP ao aeroporto de Palmas, onde um avião da Força Aérea Brasileira aguardava para continuar o percurso até Brasília.

O apoio ao transporte de órgãos, é uma das missões destinadas às Unidades Aéreas Públicas. No caso do Tocantins, existe uma Unidade de operações Aéreas Integrada (Ciopaer) que atende a este tipo de chamado que demanda urgência.

De acordo com major Bruno Coelho Mendes, Diretor do Ciopaer, este é um trabalho gratificante e bastante demandado. “É uma ação bastante demandada e o principal fator a ser analisada é o tempo resposta. É exatamente esse ganho de tempo que é solicitado. O acionamento ocorre de forma direcional pela central de transplantes do Estado e não existe burocracia para o atendimento que é à favor da vida”. Disse.

De acordo com a Central Estadual de Transplante do Tocantins (CETTO), este ano, doadores tocantinenses já ajudaram 16 pessoas com a entrega de oito rins, cinco fígados, três corações e 14 córneas ao SNT.

O médico da CETTO, Rudinei Brunetto, destacou a importância desse suporte da Polícia Militar para a celeridade e sucesso do processo. “Só existe doação pelo motivo que existe alguém necessitando de um órgão e para que ocorra esse transplante é necessário uma rede envolvendo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, bombeiros, policiais e uma infinidade de outras pessoas para que o processo ocorra adequadamente e o órgão doado possa ser implantado no receptor. Caso esse elo seja rompido em qualquer parte, fica muito difícil o processo de doação e transplante acontecer, ainda mais quando falamos da distância entre o doador e o receptor”. Disse.

Como doar

Os interessados em doar órgãos, precisam informar à família sobre esse desejo, pois os familiares dos pacientes são os únicos responsáveis pela autorização da captação dos órgãos.

Os órgãos captados são entregues a pacientes que aguardam em lista de espera, única e nacional. A compatibilidade entre doador e receptores é determinada por exames laboratoriais feitos imediatamente após a autorização dos familiares.

Podem ser doados: coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, córneas e tecidos (oculares, cardiovasculares, musculoesqueléticos e peles).

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