Carteira de trabalho / Divulgação

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, 20, estima que em julho, no Tocantins, 603 mil pessoas estavam trabalhando. Destas, 82,4 mil estavam afastadas do trabalho, das quais 26,5 mil estavam afastadas por motivo de doença, licença maternidade, férias, qualificação, entre outros e 55,9 mil (9,3% do total de pessoas ocupadas) devido ao distanciamento social. Em relação a junho, a queda desse contingente foi de 24%.

Em maio 97,1 mil (15,9%) estavam afastadas devido a pandemia e em junho, 73,7 mil (12,2%). O contingente de julho (55,9 mil) corresponde a quase metade das pessoas que estavam afastadas em maio, quando a pesquisa começou. De acordo com a coordenadora da PNAD Covid19, Maria Lúcia Vieira, essas pessoas retornaram ao trabalho ou podem ter sido demitidas.

Frente aos dois primeiros meses da pesquisa, o número de pessoas no mercado de trabalho também vem caindo no estado: 611 mil em maio, 605 mil em junho, e 603 mil em julho. O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas em relação às que tem idade de trabalhar (14 anos ou mais), passou de 50% em maio, para 49,4% em junho e chegando a 49,2% no mês passado.

O número de tocantinenses que estavam trabalhando remotamente também caiu no mês passado. Em junho 34,4 mil (6,7% do total de ocupados e não afastados do trabalho) pessoas exerciam suas atividades home office, já em julho foi 29,6 mil (5,7%).

Desocupação

Segundo os resultados da PNAD Covid19, a taxa de desocupação no estado passou de 11% para 10,4%. Já o total de tocantinenses desocupados em julho foi de cerca de 69,7 mil, – 6,9% do total de junho, que foi 74,9 mil (em termos absolutos, equivale a menos 5,2 mil). Essas pessoas poderiam ter conseguido um trabalho, mas como a ocupação caiu, elas possivelmente migraram para fora da força de trabalho.

A PNAD Covid19 revela que a população fora da força de trabalho, por sua vez, aumentou em julho, sendo estimada em 554 mil pessoas. Em junho, ela era composta por 546 mil tocantinenses, comparando os dois meses houve crescimento de 1,4%, ou 8 mil pessoas, em números absolutos.

Das 554 mil pessoas fora da força, 318 mil (57,4%) não gostariam de trabalhar e 236 mil (42,6%) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho. Destas, 142 mil não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade. Em relação a junho, houve uma queda de 4%.

No mês de junho, os tocantinenses que não gostariam de trabalhar somavam 313 mil (57,3%) e 233 mil (42,7%) gostariam de trabalhar, mas não buscaram. Já o total de pessoas que deram como justificativa a pandemia ou a falta de trabalho na localidade, para não ter ido em busca de uma ocupação, foi de 148 mil.

Rendimento e auxílio

No Tocantins, o rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido em julho foi de R$ 1.103, ou seja, 2,0% acima do valor de junho (R$1.081). Já o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia algum auxílio do governo concedido em função da pandemia (R$ 1.577) era, em média, mais de duas vezes superior ao daqueles onde algum morador recebia o auxílio (R$ 777).

A proporção de domicílios do Tocantins que receberam algum auxílio relacionado à pandemia (como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) passou de 50,2% em maio, para 53,8% em junho, caindo para 53,0% em julho. O valor médio do benefício por domicílio, por outro lado, aumentou nos dois meses: R$ 859 em maio, R$ 884 em junho e R$ 926 em julho.

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