Deputado Paulo Mourão
Deputado Paulo Mourão

“Que nós possamos, com as bênçãos de Deus, termos o compromisso ético de responsabilidade, de sensatez e de justiça de trabalharmos para um Brasil melhor e um Tocantins mais justo e fraterno”, disse o deputado estadual Paulo Mourão (PT) no retorno dos trabalhos legislativos desta terça-feira, 1º. Na Tribuna, o parlamentar lembrou os problemas enfrentados na gestão do Brasil e apontou que é preciso trazer à pauta da gestão pública a sensatez, para que assim seja possível vencer a crise econômica e política que assola todo o País.

O deputado lembrou o momento de “extrema gravidade” que o Brasil vive atualmente, em específico a votação, na Câmara dos Deputados, da autorização de abertura do processo de investigação do presidente Michel Temer (PMDB). “Temos um país de dimensões continentais, de um povo determinado ao trabalho, ordeiro, e o que nós vemos é um desequilíbrio. As forças e lideranças do país não estão conseguindo se entender e o país sangrando dificuldades, desemprego e sem poder retomar o desenvolvimento”, alertou Mourão.

Ele lembrou que a maciça maioria da sociedade tocantinense deseja que o Brasil seja passado a limpo, apesar de alguns setores defenderem a manutenção do atual governo no sentido de evitar uma paralisação do País. “Será que o Brasil já não se encontra paralisado? Hoje temos mais de 13 milhões de brasileiros desempregados. Se compararmos com o ano passado já temos 1,9 milhão de brasileiros que perderam os empregos. O que se retoma é a informalidade dos que perderam sua fonte formal de renda”, argumentou.

Para Mourão é preciso ir além e destacou a frustração das receitas e os meios que o governo Federal tem lançado mão para suprir o déficit orçamentário. “A única forma que o governo tem ainda é aumentar os impostos através de decreto. Estes impostos incidem no consumo da família dos trabalhadores e trabalhadoras, como o aumento do PIS e Confins nos combustíveis, o que acarretará em um ataque brutal ao bolso dos brasileiros e brasileiras”, disse o deputado.

O deputado ressaltou que além da frustração das receitas e o desemprego, há ainda outro agravante: o desequilíbrio da previdência. Paulo Mourão alertou que hoje são sete trabalhadores na ativa para cobrir um aposentado e a previsão, segundo o deputado, é que em 2030 o número deve chegar a três na ativa para cobrir os gastos de um aposentado.

Segundo o parlamentar a necessidade de investigação do presidente e de quem quer que seja suspeito de algum ilícito, faz parte do Brasil que todos os brasileiros querem conquistar. “Queremos o Brasil da eficiência no serviço público, da democracia plena e irrestrita, do Estado de Direito Democrático, o que o presidente Temer precisa fazer é justamente ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal e ter a condição de se defender, porque se nós mantivermos essa imoralidade do foro privilegiado para as autoridades brasileiras, nós não vamos conseguir passar o Brasil a limpo. Não podemos perder mais tempo”, acertou Paulo Mourão.

Tocantins

Fazendo um recorte para o cenário do Tocantins e lembrando o decreto do governo do Estado, contingenciando mais de R$ 190 milhões em julho, ou seja, parte da programação orçamentária não será executada, o deputado Paulo Mourão alertou para a falta de eficiência econômica e produtiva do Tocantins. “Venho alertando nos dois anos que estou nesta Tribuna: se o governo não se mexer, não se organizar em um processo de equilíbrio econômico e orçamentário, nós não sairemos do buraco, pelo contrário, a cada momento vamos enfrentar mais dificuldades.”

O deputado lembrou entrevista do secretário da Administração, Gefferson Barros, a um importante veículo de comunicação do Estado nas últimas semanas, em que ele alerta que se o governo não se ajustar, não paga os salários dos servidores até o final do ano. Para Mourão o que “falta é uma política de controle de gastos, uma política que incentive a produção e garanta a modernização” para combater as diversas situações que colocam o Tocantins em risco. “Uma delas é o Igeprev [Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins] que soma uma dívida consolidada de R$ 28 bilhões e o governo não toma providências em dizer o que vai adotar para reverter.”

 

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