Pronto-socorro do Hospital Municipal Municipal Mboi Mirim vazio, em São Paulo/ Imagem: Cleber Souza/UOL

O medo de contágio do novo coronavírus tem feito muita gente deixar de procurar a emergências dos hospitais desde o início da pandemia, mesmo diante de sintomas que não deveriam ser ignorados.

Médicos têm notado uma redução significativa de pacientes com doenças que costumavam ser maioria nos corredores, câncer e cardiopatias. A principal hipótese para esse “sumiço” é o medo de contaminação pelo coronavírus.

O especialista Pedro Silvio Farsky, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Dante Pazzanese, ambos em São Paulo, confirma que ele e seus colegas notaram uma redução drástica de pacientes com emergências cardiovasculares, como infarto e AVC. “Agora, as pessoas vêm ao hospital só quando ocorre um agravamento do quadro, o que é muito perigoso”, diz.

O tratamento para essas doenças só é eficaz se o atendimento for precoce. De acordo com Farsky, essa janela de eficácia dura poucas horas para o AVC e até 12 horas para o infarto.

Ricardo Costa, cardiologista intervencionista e presidente da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista), diz que o infarto é a principal causa de morte no Brasil e no mundo. “Trata-se de uma emergência médica que precisa ser tratada com brevidade. O não-tratamento ou o tratamento retardado pode ser fatal ou deixar graves sequelas ao coração”, alerta. (Com informações do Uol)

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