A dona de casa Ivani Alves da Silva tem um tumor na cabeça há seis anos. Ela não consegue consulta com clínico geral e nem com neurologista para realizar o acompanhamento. Situação semelhante à de outros pacientes que também não conseguem agendar consultas em um posto de saúde no setor Santa Fé, região sul de Palmas. O agendamento de consultas só é feito duas vezes por semana, segunda e na quarta-feira. Mesmo assim as vagas são limitadas.

“Se for para morrer a gente morre esperando a consulta porque não está tendo médico. Nem clinico geral temos.”

Hipertenso, o pedreiro João Correia está preocupado. Fez os exames de pressão há mais de um mês. Agora não consegue retorno porque não tem médico no posto de saúde. “A gente que é hipertenso não pode esperar muito tempo porque de repente nesse intervalo podem acontecer coisas piores.”

Mesma situação da dona de casa Nathielly Oliveira. Ela fez uma cirurgia há quatro meses e tenta consulta há 60 dias. “Ontem vim com dor no pé da barriga e não consegui consulta. Uma enfermeira me passou um parecetamol.”

A dona de casa Jesse Cleia Leandro precisa de clínico geral para ela e para a filha, mas não consegue de jeito nenhum. “A gente vem e chega aqui, eles dizem que não tem médicos. Agora inventaram uma lista que quando o médico chegar vão ligar para a gente. Mesmo assim ninguém sabe quando vai ter”, reclama.

Palmas tem 34 unidades de saúde. Atualmente tem 75 médicos que atendem uma média de 20 pacientes no dia. Segundo a coordenadora do setor, Katarina Ferreira, há um déficit de 11 médicos só na atenção básica.

Ela explica que a prefeitura tem um programa com médicos substitutos, mas devido a essa falta de profissionais, relatada pelos pacientes do setor Santa Fé, vai resolver o problema nos próximos dias. (G1)

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