hospital de doenças tropicais

“Hoje nasce um novo hospital”, disse o superintendente do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT/UFT), José Guimarães Neto, durante ato solene de posse da Gestão Plena da UFT e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), no HDT, ocorrido na manhã de quinta-feira, 02, em Araguaína (TO), com a presença de autoridades, imprensa, servidores da universidade, profissionais da saúde e demais envolvidos no processo de transição da gestão do Governo do Estado para a UFT/Ebserh.

Na ocasião, Guimarães reforçou a importância de ser o primeiro hospital universitário do Estado, lembrando da relevância na formação dos alunos, entre muitos benefícios citados. “Quero também enfatizar o enorme compromisso que assumimos em dar continuidade ao serviço que o hospital já oferece, reconhecido pela comunidade por primar pela humanização, cuidado e respeito, fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido pelos profissionais. Temos um longo caminho pela frente, temos consciência do quanto precisamos avançar, mas sabemos aonde queremos chegar que é ser um hospital de excelência”, disse.

Além do superintendente, estavam presentes o reitor da UFT, Márcio Silveira; a vice-reitora Isabel Auler; o diretor do Câmpus de Araguaína, Luís Eduardo Bovolato; o supervisor regional da Ebserh, Laurimberg Diniz Cavalcanti; o prefeito do município, Ronaldo Dimas; o vice-prefeito Fraudineis Fiomare; o diretor do Hospital Regional de Araguaína, José Celdo Cintra, representando o secretário de Estado da saúde; o secretário municipal da saúde, Jean Luís Coutinho; entre outras autoridades municipais.

O supervisor da Ebserh fez um breve histórico da instituição o qual ele representa e em seguida citou as melhorias que o HDT/UFT já obteve com a nova gestão. “A Ebserh possui mais de 20 mil funcionários, são 29 hospitais administrados; é sempre um grande desafio a área da saúde em nosso país, porém, não medimos esforços para poder melhorar o quadro. Neste sentido, o HDT/UFT já se beneficia com investimentos para a ampliação do complexo que é de alta complexidade. Acredito que esse hospital logo será referência no ensino, na pesquisa e na gestão, pois possui uma amplitude potencial natural na região”, pontuou Laurimberg.

Para o reitor da UFT, Marcio Silveira, o HDT/UFT é um grande ganho para a sociedade, principalmente porque fixa o médico na região, por meio da residência. Ele ressaltou ainda a trajetória construída coletivamente que transformou o hospital em universitário; agradeceu os parlamentares e a todos os envolvidos direta e indiretamente no processo. “Acho que é um legado muito importante que fica para a população, foi um trabalho de muitas mãos, que precisou de ousadia para enfrentarmos o debate, mas nós conseguimos”, finalizou Silveira.

A vice-reitora, Isabel Auler, enfatizou a importância da criação do curso de Medicina na construção do sonho de tornar o HDT um hospital universitário, concretizado hoje. “A demanda de termos um hospital nosso para os estudantes terem um ambiente para a prática da teoria aprendida na academia surgiu, e junto com ela o compromisso da melhoria da qualidade de vida das pessoas, que também é papel da universidade; é um grande momento para a UFT”, concluiu.

Já o prefeito de Araguaína enfatizou que a população será beneficiada com um serviço de melhor qualidade, porque além do atendimento do HDT/UFT, o hospital também está voltado para ensino e pesquisas, então é um avanço muito grande para o município e para o Tocantins e também para o Norte do Brasil.

Sobre o hospital

hospital de doenças tropicais
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Há 27 anos, localizado em uma região estratégica, entre o cerrado e a Amazônia Legal, era implatado o Hospital Estadual de Doenças Tropicais (HEDT), em 27 de julho de 1989. Atua como referência para o município de Araguaína e região, especializado no tratamento de doenças infectocontagiosas e parasitárias.

O HDT pertencia à rede de hospitais do Governo do Estado do Tocantins. Em 2002, mudou para Hospital de Doenças Tropicais e no ano de 2013 iniciou processo de doação para a Universidade Federal do Tocantins, fato consolidado por meio da Lei Complementar nº 87, de 02 de setembro de 2013. Em seguida, foi dado início ao processo de transição da gestão.

Hoje a Unidade Hospitalar possui uma área total de 6.960 m², com uma área construída de 3.860m²  onde foram realizadas adequações do espaço físico para receber os novos funcionários e novos setores. Dentro da nova acomodação destaca-se o cabeamento estruturado, implantação de internet, mobílias novas, computadores, pintura interna e externa, dentre outras.

Resultados da melhoria: aumento da taxa de ocupação variando de uma média de 40% no ano passado para 59% atualmente. Esse aumento deve-se principalmente à disponibilidade de médicos na clínica médica e aumento na oferta de profissionais na clínica pediátrica.

O HDT/UFT atende as especialidades de infectologia (adulto e pediátrica), pneumologia, hepatologia, ginecologia, dermatologia, pediatria (geral e especializada), clínica médica e clinica cirúrgica. No início de junho, serão ofertados os serviços em cardiologia e hematologia.

Com concurso já realizado e resultado homologado, profissionais das áreas de urologia, nefrologia, neurologia, psiquiatria, medicina intensiva, medicina do trabalho, anestesiologia, gastroenterologia; e das especialidades de apoio diagnóstico: médico ultrassonografia, médico radiologista e médico ecocardiografia; aguardam serem chamados para contratação.

A realização do concurso foi um passo relevante desta nova gestão do HDT/UFT, que possibilitou a formação do quadro de funcionários atual. Foram ofertadas 275 vagas nas diversas áreas para contratos imediatos e para cadastro reserva. Até o momento, foram contratados 108 novos profissionais.

Na área do ensino e pesquisa, a equipe está trabalhando na abertura de cinco novos programas de residência médica para o ano de 2017:  nas áreas de dermatologia, oftalmologia, pediatria, nefrologia e infectologia, além da já em andamento: residência em Medicina de Família e Comunidade.

Também há um estudo sobre a experiência prévia dos novos funcionários Ebserh nas áreas assistenciais em que atuam para avaliar a possibilidade de, futuramente, instituir programas de residência multiprofissionais.

No campo da pesquisa, foi iniciado processo para criação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), vinculado aos órgãos nacionais, que possibilitará a autorização e acompanhamento das pesquisas que futuramente serão realizadas no hospital.  (Daianni Parreira)

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