Senado instala na próxima semana comissão para investigar supostas fraudes contra a Receita
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Autor do requerimento da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) diz esperar que a investigação no Congresso consiga restituir R$ 200 bilhões aos cofres públicos.

— Trata-se do maior caso de corrupção do País. Pelos valores apurados até agora, tenho certeza de que vai suplantar o caso da Petrobras.

Ele classifica o Carf como uma “caixa-preta”. No final de março, a Polícia Federal deflagrou a operação Zelotes, que apura um suposto esquema de venda de decisões no conselho, responsável por julgar recursos contra multas aplicadas pela Receita a contribuintes suspeitos de tentar enganar o fisco.

Até o momento, os investigadores constataram indícios de fraude em nove processos que somam R$ 6 bilhões em multas. Mas outros 65 julgamentos também estão sob investigação. Com isso, o prejuízo total pode chegar a R$ 19 bilhões.

Oliveira afirma que a ideia da CPI é investigar todas as decisões do Carf desde a sua criação, em 2008.

— Vamos montar uma equipe técnica do mais alto nível para fornecer um trabalho de alta qualidade. Ao analisar poucos processos, a Polícia Federal já chegou a uma cifra bastante significativa. Ao vasculharmos as decisões anteriores, pretendemos mostrar que não é necessário cobrar mais impostos, mas sim recolher o que é devido.

O senador chama a atenção para o fato de que boa parte dos investigados é formada por grandes empresas.

— São devedores que têm capacidade de pagar o que devem.

O requerimento da CPI do Carf foi lido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última terça-feira (28). O pedido de instalação da comissão teve o apoio de 42 senadores — o mínimo para uma CPI é 27. Agora, os líderes têm cinco dias para indicar os integrantes da comissão. Em caso de atraso, a presidência do Senado é responsável por fazer as indicações.

 

 

 

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