O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) determinou a demissão do diretor de investimento do PreviPalmas (Instituto de Previdência Social do Município de Palmas), Fábio Martins Costa. O ato oficial deve ser publicado no Diário Oficial do município nesta segunda-feira, dia 12. A determinação se deve ao fato de o PreviPalmas ter feito investimento de R$ 30 milhões Fundo Cais Mauá, por intermédio da Icla Trust, o novo nome da NSG, que deu prejuízo de R$ 330 milhões ao Igeprev, o fundo dos servidores públicos do Estado do Tocantins. “Não temos nenhum compromisso com coisa errada. Fiquei absolutamente atordoado. Quis saber o que tinha acontecido. O maior orgulho que tenho da minha gestão é o respeito com o dinheiro, a coisa pública. Pegamos o PreviPalmas com R$ 230 milhões de saldo e hoje estamos acima de R$ 630 milhões”, disse Amastha, em vídeo publicado pelo próprio prefeito em seus canais nas redes sociais.

No vídeo, Amastha explica toda a situação do caso. Ele disse ter tomado conhecimento da aplicação, dentro do limite, de R$ 30 milhões no Cais Mauá, em Porto Alegre. “Liguei para o prefeito de Porto Alegre [Nelson Marchezan Júnior]. Ele me deixou tranquilo sobre a legalidade e viabilidade. O projeto é maravilhoso e será sucesso”, afirmou. “O problema não está em que foi aplicado. O problema está no mecanismo usado, a instituição usada, a Icla. Essa instituição se juntou aos piores políticos e administradores do Tocantins para roubar o Igeprev. O que a gente veio saber é que a Reag [Administradora de Recursos S/A] assumiria, como assumiu. Mas, quando foi transferido esse dinheiro a Reag não havia assumido. Acho que faltaram a verdade com os gestores das pastas.”, complementou.

Amastha afirmou que pediu para ser feito um comitê de investimento do PreviPalmas, que sugeriu o afastamento do diretor do instituto. “Além de afastar, estou demitindo. Vamos montar comissão para apurar o que aconteceu. Vou pedir ao presidente da Câmara de Vereadores [José do Lago Folha Filho], que abra uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para apurar se houve crime nisso aí. Queremos saber se houve dolo, se houve crime”, declarou.

DINHEIRO DO SERVIDOR

Amastha fez questão, no vídeo, de tranquilizar os servidores. “Estamos tomando todas as medidas para que esse dinheiro volte para Palmas. Esse dinheiro é do nosso funcionalismo. Estamos iniciando negociações. Não acontecendo [vitória nas negociações], procederemos [acionar] judicialmente.”

O prefeito de Palmas reafirmou que o servidor pode ficar tranquilo. “Esse dinheiro não corre risco nenhum. O dinheiro está bem aplicado, está seguro, está em fundo, está em saldo, está em conta. Está sendo hoje administrado por um grupo fantástico. Essa Icla que foi usada no início para fazer a aplicação não condiz com as atitudes da administração Amastha. Esse dinheiro é sagrado. E vamos fazer tudo que for possível para tê-lo de volta”, finalizou.

As providências já estão sendo tomadas. O secretário de Finanças, Christian Zini, e o procurador-geral do município, Públio Borges, estão em São Paulo para série de reuniões com os investidores para cumprimento da determinação do prefeito de reaver o dinheiro. Nesta segunda-feira, eles tiveram encontro com João Mansur, da Reag, em busca de solução para o caso.

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