Marcos Milhomens

 

Marcos Milhomens
Publicitário, Marcos Milhomens

Quando um candidato se elege, ao cargo de Vereador que seja ele se elege com a expectativa pouco crítica das maiorias.

Que aquele é o escolhido. Que aquele será o portador da esperança.

Por que o teatro eleitoral explora o que ninguém “agüenta mais”.

O hospital que ninguém “agüenta mais”.

A escola que ninguém “agüenta mais”.

O que tem medo de violência não “agüenta mais”.

Enfim, está tudo desmantelado.

Nesse prisma, as pessoas escolhem e votam em um para mudar.

Quando ele assume, tem de certa forma, um cheque em branco, da recém constituída legitimidade e com ela a autoridade democrática.

Na proporção que isso passa que o tempo passa essa esperança pouco crítica vai virando frustração. E vai virando frustração não é pelo discurso imaterial.

Vai virando frustração por que no concreto a vida não muda.

E se a vida no concreto não muda a esperança pouco crítica vai virando decepção, vai virando frustração e isso de certa forma, desconstitui num certo momento a legitimidade material do político.

Em Palmas acontece um fenômeno inverso.

Há uma legitimidade contundente do atual gestor.

Contrariando as viúvas e os bajuladores de políticos à beira do ostracismo.

Palmas cresce!

E cresce em um ambiente dramaticamente desfavorável.

Nosso país vive um momento extremamente complicado.

Desvalorização abissal da economia. Nossa moeda está literalmente derretendo.

Há um colapso na coisa pública e a impressão que se tem é que ninguém tem a mínima idéia do que fazer para melhorar o cenário.

Contrariando os prognósticos dos mais pessimistas, Palmas passa à margem dessa turbulência toda.

Isso ficou bastante evidente agora, no final de 2015, quando o governo do estado se quer pagou o décimo terceiro dos servidores, onde a maioria dos municípios do Tocantins entraram em colapso, Palmas foi a antípoda disso tudo.

“A Cezar o que é de Cezar”

Essa frase atribuída a Jesus Cristo nos evangelhos sinóticos, nunca foi tão coerente.

Penso que o tempo do “tapinha nas costas” das velhas práticas dos “profissionais da política” Desses que sempre foram os detentores do poder. Que por vezes se mantiveram à revelia do povo. Que hoje estão fora esbravejando pra voltar. Que o Palmense conhece muito bem.

Bom, chegou ao fim.

Como diria grande poeta Belchior:

“Tudo muda e com toda razão”

 

Marcos Milhomens

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