Quando um candidato se elege, ao cargo de Vereador que seja ele se elege com a expectativa pouco crítica das maiorias.
Que aquele é o escolhido. Que aquele será o portador da esperança.
Por que o teatro eleitoral explora o que ninguém “agüenta mais”.
O hospital que ninguém “agüenta mais”.
A escola que ninguém “agüenta mais”.
O que tem medo de violência não “agüenta mais”.
Enfim, está tudo desmantelado.
Nesse prisma, as pessoas escolhem e votam em um para mudar.
Quando ele assume, tem de certa forma, um cheque em branco, da recém constituída legitimidade e com ela a autoridade democrática.
Na proporção que isso passa que o tempo passa essa esperança pouco crítica vai virando frustração. E vai virando frustração não é pelo discurso imaterial.
Vai virando frustração por que no concreto a vida não muda.
E se a vida no concreto não muda a esperança pouco crítica vai virando decepção, vai virando frustração e isso de certa forma, desconstitui num certo momento a legitimidade material do político.
Em Palmas acontece um fenômeno inverso.
Há uma legitimidade contundente do atual gestor.
Contrariando as viúvas e os bajuladores de políticos à beira do ostracismo.
Palmas cresce!
E cresce em um ambiente dramaticamente desfavorável.
Nosso país vive um momento extremamente complicado.
Desvalorização abissal da economia. Nossa moeda está literalmente derretendo.
Há um colapso na coisa pública e a impressão que se tem é que ninguém tem a mínima idéia do que fazer para melhorar o cenário.
Contrariando os prognósticos dos mais pessimistas, Palmas passa à margem dessa turbulência toda.
Isso ficou bastante evidente agora, no final de 2015, quando o governo do estado se quer pagou o décimo terceiro dos servidores, onde a maioria dos municípios do Tocantins entraram em colapso, Palmas foi a antípoda disso tudo.
“A Cezar o que é de Cezar”
Essa frase atribuída a Jesus Cristo nos evangelhos sinóticos, nunca foi tão coerente.
Penso que o tempo do “tapinha nas costas” das velhas práticas dos “profissionais da política” Desses que sempre foram os detentores do poder. Que por vezes se mantiveram à revelia do povo. Que hoje estão fora esbravejando pra voltar. Que o Palmense conhece muito bem.
Bom, chegou ao fim.
Como diria grande poeta Belchior:
“Tudo muda e com toda razão”
Marcos Milhomens
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