Divulgação  CDC/Science Photo Library/Getty Images

Além do Sars-CoV-2, outro vírus que está gerando preocupação é o H3N2, um subtipo do influenza, o vírus da gripe. Mas o que é o H3N2? O vírus influenza tem três tipos que circulam na população humana (A, B e C), e o H3N2 é uma nova cepa do subtipo A, batizada de Darwin. Não se trata de uma referência a Charles Darwin e sua teoria da evolução: a variante tem esse nome porque foi detectada pela primeira vez na cidade de Darwin, na Austrália. No Brasil, foi identificada pela primeira vez pelo Instituto Oswaldo Cruz, em amostras provenientes do Rio de Janeiro.

O tipo A do influenza é o mais comum e propício a causar epidemias sazonais de gripe. Ele é dividido em subtipos, como H1N1 e H3N2. As letras H e N se referem às proteínas hemaglutinina e neuraminidase – que ajudam o vírus a grudar nas células humanas e se replicar em nosso organismo, respectivamente. Os números que acompanham as letras H e N, por sua vez, indicam subtipos dessas proteínas.

Surtos de gripe acontecem principalmente no outono e inverno, períodos em que a circulação do vírus costuma aumentar. Agora, a doença aparece em um momento atípico, e a suspeita de especialistas é que isso esteja ocorrendo devido ao relaxamento de medidas contra a circulação do coronavírus. A população começou a sair e interagir mais, inclusive sem máscaras, e isso favorece a propagação de todos os vírus respiratórios. A nova gripe causada pelo H3N2 provoca sintomas bem conhecidos: tosse, coriza, garganta inflamada, febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e fraqueza. A doença apresenta mais risco para crianças menores de 5 anos, idosos e portadores de doenças crônicas.

A recomendação de especialistas para quem apresenta esses sintomas é se recuperar em casa, se o quadro for leve. É importante fazer repouso, ter boa alimentação e se manter hidratado, além de usar medicamentos para amenizar dores e febre. Mas fique alerta: casos graves, com falta de ar ou febre de difícil controle, demandam buscar ajuda médica imediatamente. Como os sintomas são parecidos com os da Covid-19, é importante se isolar e realizar um teste diagnóstico que poderá indicar se o quadro é ou não de gripe. No caso do H3N2, recomenda-se praticar distanciamento social de sete dias, além de utilizar máscaras (com boa vedação e que cubram nariz e boca) e manter higiene constante das mãos – medidas já bem conhecidas para evitar a disseminação do coronavírus. (Abril)

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