Foto: Marcos Sandes

De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araguaína, foram registrados 339 casos de dengue em 2020. O número é bem menor que os 1.768 casos confirmados de 2019, quando o Brasil foi atingido por um crescimento da doença que chegou aos 488%, segundo dados do Ministério da Saúde.

Esse grande número de casos em 2019 é considerado um dos motivos para queda de confirmações no ano passado e pode criar uma falsa sensação de segurança. Segundo a coordenadora do CCZ, Mariana Parente, outros fatores também foram determinantes para a queda de casos confirmados.

“Acredito que muitas pessoas evitaram os hospitais por conta da covid-19 e assim não houve a notificação, mas se houvessem essas notificações poderia ter superado o número de confirmações para dengue de 2018”, afirmou a coordenadora do CCZ, Mariana Parente. Mesmo em ano de pandemia, 2020 foi só 16% menor que confirmações para dengue de 2018.

Outro fator determinante para redução dos casos foi a continuidade de circulação do mesmo sorotipo da dengue dos últimos grandes crescimentos. “Existem quatro sorotipos de dengue e continua circulando o tipo 2 desde o ano passado e na última epidemia, em 2012, tivemos o tipo 4. O ressurgimento de outros sorotipos na região será perigoso porque as pessoas só estão imunes ao tipo que pegaram”, alertou a coordenadora.

Dados
Dos 339 casos de dengue registrados em 2020, 25 foram com sinais de alarme e nenhum com sintomas graves. No ano, o CCZ também teve conhecimento de 5 casos de chikungunya e nenhum de zika.

Em 2019, dos 1.768 casos confirmados foram 155 tiveram sinais de alarme e um registrou sintomas graves. Sendo ainda o único ano com pelo menos um óbito desde 2014. Em relação a chikungunya e zika foram 24 e 3 casos confirmados, respectivamente.

Já nos anos anteriores foram registrados 407 (2018), 1.347 (2017), 951 (2016) e 875 (2015) casos de dengue.

Sintomas
A dengue pode causar febre, falta de apetite e dores de cabeça, musculares e nos olhos.  Diferente da covid-19, a doença não apresenta sintomas gripais, como tosse, coriza e falta de paladar.

Serviço
Além do trabalho realizado pelos agentes do CCZ, que percorrem regularmente as residências e terrenos à procura de larvas do Aedes aegypti, a comunidade pode ajudar com ações simples, como tampar caixas d’água, manter as calhas limpas, deixar garrafas viradas com a boca para baixo, manter lixeiras tampadas, limpar semanalmente ou preencher os pratos de vasos de plantas com areia.

Como denunciar e eliminar focos
Os moradores também podem colaborar com a diminuição dos focos denunciando locais onde há possíveis criadouros. O CCZ disponibiliza o disque-denúncia para ligações gratuitas: 0800 646 7020. (Marcelo Martin)

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