Dotozim

Onze testemunhas foram ouvidas pela polícia nas investigações da tentativa de homicídio contra o prefeito de Novo Acordo, Elson Aguiar (MDB). As investigações apontaram que o vice Letin Leitão (PRB) encomendou a morte. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por causa da divisão de uma propina. O prefeito será ouvido assim que deixar o hospital. Até agora três pessoas foram presas por envolvimento no crime.

Segundo as investigações, com a ajuda do empresário Paulo Henrique Sousa Costa, que atuava como cobrador de dívidas, o vice-prefeito contratou o atirador Gustavo Araújo da Silva por R$ 10 mil. O atirador é suspeito de integrar uma facção criminosa e estava sendo monitorado pela polícia por outros crimes.

A defesa do prefeito da cidade, Elson Lino de Aguiar, repudiou a acusação de que haveria um esquema de proprina. “O atual prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, inclusive, nunca permitiu que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado”, diz a nota. O advogado disse ainda que a história e a carreira do político são marcadas por muito trabalho e honradez.

O vice-prefeito negou envolvimento no crime enquanto era levado pra prisão. “Sou inocente. não mandei matar ninguém. Dotozin é meu amigo”.

A tentativa de homicídio aconteceu na quarta-feira (9), quando um criminoso invadiu a casa do prefeito e fez três disparos. Pelo menos um dos tiros acertou o rosto de Elson Aguiar. O prefeito está internado no Hospital Geral de Palmas e vai passar por uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira (11).

Assim que tiver alta, vai ter que dar explicações à polícia sobre uma denúncia de que o crime teria sido cometido por discordâncias relacionadas ao pagamento de propina.

Segundo a polícia, a tentativa de assassinato foi planejada há três meses quando os dois políticos tiveram um desentendimento por causa de dinheiro. Os investigadores afirmaram que o prefeito teria deixado de repassar ao vice parte de uma propina de R$ 800 mil.

“Havia um pacto pra que se fosse repassado alguns valores ilegais a todos ali e isso não estava sendo feito pelo atual prefeito e motivou essa rixa entre os dois”, explicou o delegado Leandro Risi.

Segundo as investigações, o vice-prefeito tinha encomendado uma nova tentativa de assassinato assim que o prefeito deixasse o hospital. “Então, por ele ter sobrevivido ele [o vice] ofereceu mais R$ 20 mil para que fosse morto apos sair do hospital”, contou.

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