Um método extremamente sofisticado de fraude em concursos públicos foi descoberto pela Polícia Federal.

As investigações suspeitam de fraude em 42 concursos para acesso a 64 cargos públicos, realizados entre 2010 e 2015, para vagas em 30 tribunais, além de autarquias e Assembleias Legislativas.

O principal articulador da organização criminosa trata-se de um servidor público federal, ocupante do cargo de técnico judiciário de Rondônia.

A polícia pediu à Fundação Carlos Chagas, instituição que aplica as provas, uma auditoria, inicialmente comparando-se as provas discursivas de todos os candidatos aprovados a fim de identificar todos os fraudadores e beneficiários do esquema.

O mapeamento foi realizado a partir de ampla pesquisa da Fundação em seu banco de dados. A PF acredita que os integrantes da organização se infiltraram em outros concursos por meio da inscrição de “pilotos” – agentes da quadrilha que se inscrevem apenas para ter acesso às provas e que recebem 5 mil reais por concurso.

Segundo a PF, o grau de sofisticação do grupo era tão elevado que os “candidatos” usavam até ponto eletrônico que cabia na ponta do dedo indicador – uma peça tão pequena que, depois da prova, só podia ser retirada do ouvido com uso de um ímã.

Os “pilotos” tinham como função sair da sala do exame com parte do caderno de questões após uma hora do início da prova. As perguntas eram imediatamente entregues a outros membros da organização que as respondiam com auxílio de livros de doutrina e computadores conectados à internet e, em seguida, repassavam as respostas aos candidatos que permaneciam na sala com os pontos eletrônicos.

A suspeita é que o grupo tenha se infiltrado em concursos dos cinco TRFs (Tribunais Regionais Federais), 14 TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) e 11 TREs (Tribunais Regionais Eleitorais). (Jornal da Cidade)

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