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O falso ganhador da Mega-Sena, Márcio Xavier de Lima, se apresentou ao Ministério Público Federal (MPF) na manhã de ontem, em Araguaína, Norte do Estado. Ele é mais um dos acusados de participação no esquema fraudulento da falsa Mega-Sena, que resultou no maior golpe já aplicado contra a Caixa Econômica Federal, com o desvio de R$ 73 milhões.

De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações apontam Lima como a pessoa que abriu a conta bancária para onde o dinheiro do golpe foi desviado. Segundo o advogado do acusado, Luis Antônio Batista, seu cliente mora em Aracati, no interior do Ceará, e trabalha com revenda de automóveis na capital cearense.

O advogado afirmou ainda que Lima não conhecia qualquer um dos envolvidos no esquema e que teria sido convidado por outra pessoa para participar da fraude, que segundo ele, seria de R$ 8 milhões, dos quais Lima receberia 5%, ou seja, R$ 400 mil.

O acusado prestou depoimento por mais de dez horas e a seguir foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), onde permanecerá à disposição da Justiça. A procuradora da República, Aldirla Albuquerque, não quis comentar o caso.

Entenda o caso

No último dia 18, o maior esquema fraudulento da história da Caixa Econômica Federal foi desmantelado na operação Éskhara, da Polícia Federal. Através do pagamento de um falso prêmio da Mega-Sena foram desviados R$ 73 milhões da agência de Tocantinópolis, Extremo-Norte do Estado, a 532 km de Palmas.

De acordo com o delegado da PF de Araguaína, Omar Peplow, o esquema consistiu na abertura de uma conta corrente na agência de Tocantinópolis em nome de uma pessoa fictícia, Márcio Xavier Gomes de Souza, que mais tarde foi identificado como Márcio Xavier de Lima.

O valor milionário foi creditado em nome dessa pessoa e depois transferido cerca de 200 contas espalhadas em vários Estados.?Os maiores montantes foram para a conta de uma empresa em São Luís (MA), que recebeu R$ 42 milhões, e para uma conta que seria de Ernesto Vieira, que recebeu R$ 13 milhões.

Diante da não apresentação do bilhete premiado para validação do prêmio, a instituição financeira abriu procedimento investigativo e acionou a PF, que, com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), conseguiu identificar os envolvidos no esquema.

Das sete pessoas já identificadas, três estão presas na Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), além de Lima, preso ontem, estão o gerente geral da agência da Caixa em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento, e o suplente de deputado federal pelo PMDB do Maranhão, Ernesto Vieira.

Outros quatro envolvidos no golpe, Antônio Rodrigues Filho, Talles Henrique de Freitas e os irmãos Alberto Nunes Tugeiro Filho e Paulo André Pinto Tugeiro, continuam foragidos.

Entenda

Segundo o advogado do acusado, Luis Antônio Batista, Lima teria sido convidado para participar da fraude, que segundo ele, seria de R$ 8 milhões, dos quais Lima receberia R$ 400 mil.

(Jornal do Tocantins)

 

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