O governador Wanderlei Barbosa determinou a criação de uma comissão composta por cinco secretarias para realizar um amplo levantamento dos atos adotados durante os 93 dias da gestão interina que esteve à frente do Governo do Estado.
A comissão será formada pela Procuradoria-Geral do Estado, Casa Civil, Secretaria do Planejamento, Secretaria da Fazenda e Controladoria-Geral do Estado. O objetivo é avaliar contratos celebrados e cancelados, pagamentos efetuados e posteriormente suspensos, entre outros pontos considerados sensíveis para o andamento da máquina pública.
De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, a medida busca assegurar uma transição transparente e organizada, evitando prejuízos em áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública. Ele destacou ainda que o período da gestão interina resultou em uma queda superior a 20% na arrecadação, devido à ausência de políticas públicas claras, afetando diretamente a economia do Estado.
Ações como o decreto de emergência na saúde com dívidas prescritas, o anúncio de R$ 417 milhões para os municípios sem previsão orçamentária, o lançamento de programas eleitoreiros como o Tocantins Presente e a inauguração indevida de obras inacabadas também serão alvo de escrutínio da comissão. Outros pontos de atenção e que serão alvo da avaliação da comissão são os programas Jovem Trabalhador, que teve seu cancelamento anunciado pela gestão interina prejudicando 1.600 jovens, o plano de saúde dos servidores públicos estaduais que está com vários serviços suspensos ou cancelados e a Rede Integrada de Proteção à Mulher, outro programa cancelado pela gestão interina também será revisto devido ao recolhimento de 44 caminhonetes que integravam o programa e que estavam à disposição dos municípios.


