Uma operação da Polícia Civil, realizada hoje em Palmas, tem como alvos um médico e policiais militares. Eles são suspeitos de tentativa de homicídio contra um fisioterapeuta, em 2020. Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.
A Polícia Civil deflagrou uma operação na manhã de hoje, realizando buscas nos endereços de uma médica e seu pai, além de três policiais militares. A ação, autorizada pelo juiz Cledson Nunes, da 1º Vara Criminal de Palmas, tem como objetivo investigar a tentativa de assassinato de um fisioterapeuta, ex-companheiro da médica, ocorrida em 16 de abril de 2020, no setor Aureny III. A médica, cujo nome não foi divulgado, é suspeita de ter contratado os policiais para fazer sua segurança particular e cometer o crime, que ocorreu durante um divórcio litigioso.
Conforme apurado durante as investigações, no dia 16 de abril, por volta das 15h40, na Avenida Tocantins, próximo ao Centro de Referência em Fisioterapia da Região Sul (Crefisul), no Jardim Aureny III, a vítima foi alvejada com vários disparos de arma de fogo. Os tiros partiram de um veículo VW Golf, cor branca, que estava estacionado do outro lado da avenida. O veículo foi identificado após análise de câmeras de segurança de locais próximos. Imagens de um estabelecimento comercial localizado a cerca de 300 metros do local do crime mostram o veículo usado pelos autores passando em alta velocidade, logo após o crime.
O trabalho investigativo apurou que o veículo utilizado no crime é de um policial militar. Esse mesmo veículo foi alvo de busca e apreensão, anteriormente, entretanto, na tentativa de dificultar e atrapalhar as investigações, o proprietário mesmo confirmando que o veículo era seu, informou que havia vendido o carro para ser desmanchado.
Ainda conforme as investigações, a motivação para a tentativa de homicídio seria o divórcio litigioso travado entre a vítima e sua ex-esposa, sendo ela apontada como possível mandante do crime, dado as constantes ameaças que fazia contra a vítima. A ex-esposa contratou seguranças particulares e deu a ordem que caso o ex-marido se aproximasse, eles poderiam atirar para matar. Os seguranças no caso são três policiais militares, que atuavam como seguranças fora do exercício militar.
Entretanto, ainda há questões a serem esclarecidas sobre o ocorrido, por essa razão, o delegado responsável pelo caso representou pelos mandados de busca e apreensão, os quais foram deferidos e cumpridos nesta quinta-feira, 12. O material recolhido será analisado, a fim de aferir a real participação de cada envolvido, e juntado aos autos. O inquérito policial deverá ser concluído nos próximos dias, com autoria definida e respectivos indiciamentos.