nomeação presidente do igeprev
nomeação presidente do igeprev
nomeação presidente do igeprev

O Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) tem um novo presidente a partir desta segunda-feira (16). O contador Francisco Flávio Sales Barbosa, de 72 anos, assumiu a gestão do órgão, no lugar de Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira, empossado em 27 de setembro, no qual ficou menos de três meses no cargo. Essa é a terceira vez que o Igeprev troca de gestão em 2013.

Rogério Villas Boas Teixeira de Carvalho pediu para ser exonerado, após denúncia de envolvimento com quadrilha comandada pelo doleiro Fayed Traboulsi, que teria desviado R$ 300 milhões em 18 meses, em todo o país. A exoneração foi oficializada no Diário Oficial do Estado na mesma data em que Oliveira foi anunciado como o novo presidente do instituto.

Novo gestor

Segundo o governo estadual, Barbosa tem experiência de 32 anos no Banco Central, além de ser concursado do Banco do Brasil e da Petrobras. Para o contador, a primeira medida a ser realizada é fazer uma análise sobre o ativo e passivo do Igeprev. “O objetivo é garantir o benefício e direito dos servidores, que é a aposentadoria”, pontuou.

Denúncias

O Ministério da Previdência Social identificou diversas falhas no Igeprev. Um dos principais problemas apontados pelo Ministério é que o órgão, responsável pela aposentadoria dos funcionários públicos do estado, aplicou mais dinheiro do que era permitido em diversos fundos de risco.

Pela lei, no caso de fundos privados, o governo só pode aplicar dinheiro no limite de 25% do total do patrimônio líquido do fundo. Mas, segundo o Ministério, as aplicações feitas pelo órgão ultrapassaram esta taxa de segurança. No fundo Leme IMA Previdenciário, o Tocantins chegou a ter 48,45% do patrimônio. As aplicações no fundo Incentivo Multisetorial II chegam a 33,66%, no Leme Brasprev, a 39,38% e no Roma Previdenciário, a 48,25%. No fundo Incentivo Referenciado, o Estado tem 100% do patrimônio aplicado, isso quer dizer que se a empresa falisse, todo o dinheiro seria perdido.

Pelo cálculo do Ministério da Previdência, o Tocantins já perdeu mais de R$ 140 milhões nas seguintes empresas: Fundo de Investimento Renda Fixa Elo, Advinvest Top Fundo de Renda Fixa, Vitória Régia Fundo de Renda Fixa, Fundo de Investimento Diferencial, Fundo Roma Previdenciário e Patriarca Equity.

Relações com doleiro

Rogério Villas Boas pediu exoneração da presidência do Igeprev após denúncias (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Rogério Villas Boas pediu exoneração da
presidência do Igeprev após denúncias
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O Estado também perdeu dinheiro ao aplicar em fundos indicados pelo grupo do doleiro Fayed Traboulsi, acusado de corrupção e desvio de verba pública. Segundo o Ministério da Previdência Social o governo aplicou o dinheiro do órgão em três empresas ligadas ao doleiro, que atuava em todo o país.

No Tocantins, estariam envolvidos o ex-presidente do Igeprev, Rogério Villas Boas, que pediu exoneração após as denúncias, e o deputado federal Eduardo Gomes (SDD/TO), que até o mês de novembro ocupava o cargo de secretário de Esportes e Lazer do Tocantins.

(Com informações do G1/TO)

 

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